O “Expresso da meia/noite” na SIC n (6ªf ) é um excelente programa televisivo, onde se discute o tema da semana, sempre com convidados de primeira linha, às vezes pouco diversificado ideologicamente. O assunto era quente, como o tempo, o caso Freeport.
O moderador Ricardo Costa estava acompanhado de um advogado, um professor de direito, um magistrado do Ministério Público e um Juíz: quatro das melhores “trutas” nacionais (juristas). Com um naipe deste calibre, pensava que retiraria algum conhecimento/informação sobre o estado da justiça em Portugal, e apesar do energúmeno jornalista, colhi/aprendi bastante sobre: inquéritos processuais, o papel do DCIAP, vice/Procuradores, PGR, Magistrado do Ministério público, investigadores, o papel das hierarquias, a importância do contacto directo entre todos, prazos de arquivamento, quem determina esses prazos, etc, foi uma delícia ouvir aqueles quatro profissionais: davam o seu ponto de vista com toda a calma do mundo, contra/argumentavam sem ruído e com respeito, muito respeito.
A desgraça foi o moderador: ocupou quase tanto tempo como os seus entrevistados, questionava de um modo frenético e irritante, interrompia constantemente os convidados para opinar, o homenzinho chegou a comparar o seu trabalho (prazos) ao de um magistrado do Ministério Público. Fiquei espantado com a calma destes quatro Senhores, eles deixaram o Jornalista suicidar-se por mostrar tanta ignorância, e pior, não querer aprender, Costa queria o palco todo, mas, de tanto querer defender o “Chefe” do mano, acabou por virar a plateia contra si. Ricardo Costa parecia um alucinado sem educação, um energúmeno. Impressionante.