No primeiro fim-de-semana de Junho o BE vai reunir para eleger a nova Direcção Política e definir a estratégia política até 2009.
Em “confronto” estarão 4 moções: a
A - A esquerda socialista como alternativa ao governo Sócrates. Primeiro subscritor: Francisco Louçã;
B - Por uma plataforma de democracia socialista. Primeira subscritora: Helena Carmo;
C- Todos na luta, em todas as lutas! Primeiro subscritor: António Grosso;
D- O Bloco por uma maioria social de esquerda Primeiro subscritor: Paulo Manuel Fernandes da Silva.
O primeiro subscritor da moção mais votada será o Coordenador da Comissão política que será eleita pela nova Mesa nacional.
A Moção A, defende um Bloco aberto aos movimentos sociais, um combate firme ao governo Sócrates, é contra a politização dos sindicatos tem preocupações ambientais muito fortes e tenta ser uma alternativa de poder através da criação de uma maioria social socialista de Esquerda.
A Moção B, centra o debate e as decisões respeitando e valorizando os mecanismos de participação dos colectivos “soberanos” e das populações, numa lógica de espelho em que a prática interna no B.E fosse simultaneamente escola de aprendizagem e teste micro para as propostas que colocam como estruturantes e fracturantes para a sociedade.
Entendem a organização como uma ferramenta e não um fim em si mesma, mas também não um trampolim para carreiras individuais.
Considera que os argumentos aduzidos há 2 anos, lamentavelmente continuam pertinentes e em muitos aspectos são até, hoje, mais evidentes, pelo que recolocam à discussão o mesmo documento -estando certos de que para os que continuam a reger-se pela “cartilha marxista “, um mísero texto de reflexão com dois anos, ainda não atingiu a caducidade.
A Moção C, reclama a participação de todas as tendências do BE no exercício de cargos públicos electivos. O exercício destes cargos deve expressar a prática actual de solidariedade política sem o impedimento da livre expressão de pensamento.
Recusa a personalização dos cargos de direcção, praticando a eleição por voto secreto e a limitação de mandatos nos cargos uninominais, prevenindo a sobreposição de lideranças carismáticas à caracterização ideológica do Movimento. Defendem a promoção do debate ideológico e a discussão pelo conjunto dos aderentes de todas as grandes questões políticas que se colocam entre convenções, recusando a direcção centralizada e pugnando por uma militância esclarecida e livre.
A Moção D, está preocupada com a falta de debate político interno, os signatários defendem uma maior participação dos aderentes, porque é preciso não ter medo de discutir o que há efectivamente para discutir. Defendem menos navegação à vista e mais programação das acções políticas, dando substância à nossa própria agenda ao mesmo tempo que se acompanha a chamada agenda política nacional. A confrontação e o debate são benefícios para fazer avançar politicamente uma organização que se quer uma Esquerda Nova, que aprofunde a democracia e o socialismo para o século XXI.
Estes são resumos das propostas em debate, eu sou candidato a delegado pela moção A, que me parece mais equilibrada, sensata e moderada com um sentido real de uma esquerda socialista alternativa ao poder do PS.