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Nov 08

http://espan.edu.pt/biblioteca/imagens/actividades/marcelo.jpg

Há um programa imperdível no canal 1 do Estado, serviço público a sério: “As escolhas de Marcelo”, 21h aos domingos. O homem é de centro- direita, foi líder do PSD – perfeito só Deus – dá um fantástico espectáculo televisivo em 20 minutos. Explicitou as razões da vitória de Obama, do “fim” do BPN, da esperteza propagandística do nosso primeiro, do melhor e pior de Ferreira Leite, analisou as sondagens e a candidatura de Santana, sempre com o verbo na ponta da língua, sério contrapondo com o irónico, simpático, ultrapassando a jornalista por todos os lados obrigada a sorrir de admiração e estupefacção, deixa os livros para o final que se acompanha com gosto de um tempo bem aplicado, palra com tamanha velocidade, convicção e entendível mesmo por quem não capta ou detesta análise socio-política. Um monumento televisivo.   

 

publicado por José Manuel Faria às 22:10

http://www.ul.pt/pls/portal/docs/1/49579.GIF

O que fazer quando os neurónios escasseiam e a frustração de apodera de nós?
Praxar.
Praxar.
Praxar.
E, em último recurso, praxar.
Neste momento, meus amigos, os abutres que vemos a invadir Guimarães vestidos como pinguins exteriorizam as suas frustrações (especialmente de ordem sexual) e submetem neurónios inferiores às suas vontades sádicas e maléficas. Estes indivíduos magros (se é que percebem a relação que quero estabelecer quando saliento as suas faltas de peso) gostam de exibir o magnífico, incomparável, divinal, soberano traje, salientando o seu novo adjunto de nome: doutor. E isto porque toda a gente sabe que, com três matrículas numa escola superior (ainda que não tenhamos feito qualquer disciplina), já somos doutores!
Esta espécie (abutres vestidos como pinguins) começa a dar cabo da minha reputação e acabo por passar por mentirosa quase todos os dias. Digo que gosto de animais, mas, quando eles passam, o meu rosto enrubesce e começo a tremer. Ali está a prova evidente da minha falta à verdade. Vê-los a passar, como góticos em dia de ir ao cemitério sacrificar galinhas em nome de Satanás, faz-me ver que tenho de passar a incluir excepções quando incluo o meu incondicional amor aos animais. Ainda por cima, estamos a falar de duas espécies, o que torna a minha usual mentira mais grave.
À procura de sangue fresco, os abutres aproximam-se, analisam, enterram os dentes, sentem o sabor do sangue e começam a devastar o corpo o humano. Ou, por outras palavras, mandam fazer flexões, rebolar na lama, berrar, sujar e outro tipo de coisas que anulam a condição de se ser humano. Assim, como máquinas cumpridoras, os praxados seguem as ordens impossíveis de olvidar dos quase doutorados, ainda que não façam o menor sentido.
Nem tudo é mau, devo dizer. Ainda que me pareça uma prática abjecta, tenho de lhe reconhecer os pontos positivos. Ainda que integrem (ora aqui está a integração tantas vezes referida) a humilhação, o desprezo, a frustração sexual, o complexo de superioridade e a estupidez, as praxes dão um grande incentivo à arte. De um dia para o outro, pinturas dignas de fazer corar Picasso começam a aparecer por cada recanto das cidades universitárias. E olhem que não estamos a falar de banais desenhos abstractos! Refiro-me a um pormenorizado desenho das letras (iniciais de cada curso) e a uma fabulosa conjugação entre cor e textura. Picasso, esse desgraçado, nada mais fazia que meia dúzia de cubos sem qualquer relação e sem representatividade académica. Com os seus quadradinhos, Picasso não salientava “o melhor, o único, o imprescindível, o valoroso, o valioso melhor curso da Universidade do Minho”.
Assistimos, meus amigos, a uma ditadura legal dentro de uma pretensa (e nada mais que pretensa) democracia. Claro que há sempre quem imponha a sua ingénua crença na democracia, mas as almas apoderadas pelo medo e cegas pela tão linda tradição tendem a afirmar-se.
Ser anti-praxe, meus amigos, ainda que o prefixo não seja aplicado no seu sentido literal (nem em qualquer outro, muitas vezes, é verdade) é ser porreiro. Ser anti-praxe é estar na moda. É muito mais irreverente fazermos o que queremos do que aquilo que nos mandam fazer.
publicado por José Manuel Faria às 12:22

Pier Paolo Pasolin: moreu em 2 de Novembro de 1975, cineasta, poeta e escritor. Artista maldito que gostava de criticar a burguesia e seus hábitos. Os filmes malditos como por exemplo: Teorema, Decameron e o polémico Saló e os 120 dias de Sodoma.

O filme mais polémico, Saló ,é a ideia de um filme pertubado,algo nojento.É a intenção.Uma crítica ao excesso de poder fascista, o autor  era  Marxista.Transpondo «Os 120 Dias de Sodoma», do Marquês de Sade, para os últimos dias da ditadura fascista italiana, «Saló» não podia deixar de ser um filme violento, atroz, repulsivo. Com imagens cruas de violência sobre principalmente, jovens

e mulheres. Com sexo, merda e violência excessiva. Para maiores de 18 anos. Foi a última obra de Pasolini assassinado por um jovem com intuitos políticos ou repulsa homossexual , roubo ou vingança. Um mistério.

 

Vi este filme com 15 anos, baralhou-me, assisti poucos anos depois e entendi a ideia.

publicado por José Manuel Faria às 11:00

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