Francisco Louça é o Líder carismático do Bloco de Esquerda, disso não podemos fugir/sair. A sua capacidade de argumentar sobre todas as matérias tendo sempre um ponto de vista de esquerda: defesa dos mais desfavorecidos, atacando os poderosos capitalistas de interesse único, a sua conta bancária. Esteve bem na diferenciação das políticas de direita do PS/Sócrates – as políticas de privatização, apoio à banca privada com continua injecção de milhões de euros cujos responsáveis do BCP, BPN ou BPP cultivam as falcatruas, o roubo por assim dizer, a defesa dos professores, da segurança social estatal, contra as auto – estradas nada prioritárias, combate ao desemprego 10% e não 7, 6%, na convergência com outras esquerdas sem atacar o PCP – Louça falha e a entrevistadora insiste, e o que fazer com mais deputados, e a questão do poder. O Coordenador do Bloco, sem rodeios como é seu apanágio, afirma: retirar a maioria absoluta ao PS e ser governo quando o eleitorado quiser ( apresentamos um programa de governo ), aqui foi igual a Jerónimo, nem uma réstia de possibilidade de encontro com o PS, digo outro PS, para quê então “convergir” com Alegristas, é a cultura do contra-poder. Nada impede o Bloco de crescer “comendo” o PS, sem ter que dizer, não queremos governar! Ficou aberto o caminho para o PS virar ainda mais à direita. Paulo Portas não dorme em serviço e fará uma coligação pós - eleitoral ou apoio de incidência parlamentar com Sócrates. Teremos mais quatro anos pela frente com os trabalhadores a penar. A estratégia passaria por agarrar o toiro e fazer dele uma vaca na arena.