"Para os bloquistas, “é expectante, que esta tipologia de encargos tenha um agravamento bastante significativo, à medida que as taxas de juro de referência comecem o seu movimento ascendente”, tendo em conta que “o Município gera receitas correntes anuais na ordem dos 10 a 11 milhões de euros e tem como despesas correntes mais de 11 milhões de euros”. Vítor Cunha não tem dúvidas, posto isto, que “é quase certo que a Câmara de Vizela vai passar por graves constrangimentos financeiros, num futuro próximo, sendo surpreendente que ninguém na atual maioria acorde desta letargia em que se encontram”.
O Bloco de Esquerda de Vizela lamenta ainda os “níveis de execução orçamental baixíssimos”. “Esta doutrina é estupidamente repetida demonstrando que estas taxas contrapõem o previsto em Orçamento com o realizado. Nem sempre a maioria política que governa este Município cumpre as regras de uma orçamentação realista e verosímil, segundo os melhores critérios em termos de orçamentação pública”. Na análise aos
indicadores fornecidos de desempenho técnico-financeiro, “constata-se em toda a linha, a paupérrima posição da Câmara e a incapacidade da atual maioria de implementar soluções que invertam o deplorável estado atual das finanças municipais”, consideram os bloquistas.
O Bloco de Esquerda não esteve presente na última Assembleia Municipal devido ao falecimento do eurodeputado Miguel Portas, mas Vítor Cunha garante que a orientação de voto seria contra o Relatório e Contas. O coordenador bloquista lançou ainda o repto à autarquia, para que sejam feitos orçamentos e relatórios comparativos: “Está visto que nunca o irá fazer, pois tem consciência que as desconformidades derrubavam por terra o seu discurso recorrente, de controlo da situação”. “Insistimos na realização de uma Auditoria de Gestão, com o objetivo de se identificarem as atividades, processos e procedimentos ineficientes e ineficazes que conduzem ao desperdício e à não criação de valor”."
Rádio Vizela