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Out 17

"João Ilídio Costa abordou nomeação do Coordenador Municipal da Proteção Civil

A sessão foi antecedida por um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos incêndios. Tragédia que não foi esquecida no período de intervenção dos vereadores, com o vereador do PS, João Ilídio Costa, a afirmar que esta deverá ser alvo de reflexão para que sejam impulsionadas novas ações de forma a fomentar a sua prevenção. Uma discussão que, no entender do vereador, não se deve restringir ao nível da Administração Central, sendo de elevada importância que a mesma se faça também ao nível local. Desta feita, João Ilídio Costa quis saber se o presidente Victor Hugo Salgado “irá manter a promessa realizada em maio de 2016, em reunião de cariz privado, no que toca à nomeação do Comandante Municipal da Proteção Civil”, figura que, entretanto, foi substituída, face à alteração da lei, pelo Coordenador Municipal da Proteção Civil”. Quer ainda saber o vereador do PS em que moldes terá lugar a criação da equipa municipal de sapadores florestais, medida que constava do programa eleitoral do Movimento Vizela Sempre.

Em resposta, Victor Hugo Salgado começou por dizer que já esta semana esteve reunido com a Direção da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vizela (RAHBVV), numa sessão em que também estiveram representados os restantes Órgãos Sociais da instituição. De acordo com o presidente da CMV, a reunião serviu para analisar a participação da autarquia no financiamento da RAHBVV mas, também, para abrir novos canais de diálogo, isto numa altura em que a associação se encontra a elaborar o Orçamento para 2018.

Depois de reconhecer que são escassos os meios que a CMV dispõe ao nível da Proteção Civil, Victor Hugo Salgado adiantou que foram articuladas várias situações, com o objetivo da CMV passar a acompanhar a atividade dos Bombeiros de forma mais presente e permanente, o que incluirá a criação de uma sala de controlo de operações.

Sobre as questões concretas levantadas por João Ilídio Costa, Victor Hugo Salgado lembrou que o atual Executivo só iniciou a sua atividade na autarquia na última segunda-feira e que está, nesta altura, a trabalhar no projeto que sairá dos dois programas implícitos no acordo pós-eleitoral assinado com a Coligação. Desta feita, assumiu ser ainda precoce assumir qualquer decisão. “Mas, é claro, que [o programa] é para cumprir, adaptando-o numa ou outra situação, ao funcionamento da CMV”, sublinhou o autarca.

Considerando estar em debate o futuro de Vizela, no que à Proteção Civil diz respeito, o vereador João Ilídio Costa afirmou estranhar a ausência do Comandante da RAHBVV, Paulo Félix, na referida reunião. Ao que Victor Hugo Salgado respondeu, dizendo que coube à Direção da RAHBVV definir a comitiva que se deslocou à sede da autarquia. Situação que não obteve a concordância de João Ilídio Costa, que entende que caberia à edilidade indicar quem devia estar presente na reunião.

No final, à Rádio Vizela, João Ilídio Costa referiu que trouxe esta temática à primeira reunião, porque entende que o concelho não está completamente salvaguardado,

em relação ao que aconteceu no país: “Isto porque a Proteção Civil nunca cuidou devidamente da nossa floresta, [possibilitando] a construção de habitações sem o mínimo de proteção em relação às áreas que a lei determina”. Já Dora Gaspar afirmou que ouvir o presidente da CMV “abrir a porta à adaptação dos programas eleitorais à realidade da autarquia, que este conhece muito bem, é o mesmo que dizer que não os vai cumprir”.

Por sua vez, também no final da reunião, Victor Hugo Salgado veio dizer que será necessário alargar a relação existente entre a CMV e a RAHBVV, que “até agora era limitada aos setores financeiro e protocolar” e que, nesse sentido, a reunião tida com a atual Direção foi bastante produtiva. “O objetivo é partir para os aspetos mais funcionais, o que constituirá uma mais-valia para todos os vizelenses”, acrescentou.

Fátima Andrade vai propor Sindicância às Contas Municipais

Ainda no período antes da Ordem do Dia, tomou da palavra Fátima Andrade. A vereadora da Coligação PSD-CDS/PP veio dizer que na próxima reunião irá apresentar uma proposta, na qual será solicitada uma sindicância às contas municipais, indo de encontro a uma das bandeiras da Coligação nesta última campanha eleitoral. “Entendemos que devemos começar pelo solo. Recordo que andámos quatro anos agarrados a um PAEL, com consequências gravíssimas para os vizelenses, nomeadamente com os impostos no máximo”, acrescentou, no final, Fátima Andrade, em declarações à Rádio Vizela.

Do lado do Executivo, Victor Hugo Salgado afirmou que também é sua intenção avançar para uma auditoria externa e que terá em vista não só a avaliação das contas mas também a fiscalização dos procedimentos internos de funcionamento. Afirmou ainda que esta é uma decisão que havia assumido já no passado e que havia solicitado ao anterior presidente Dinis Costa. “Na altura em que assumi funções na CMV, com a pasta financeira, pedi três auditorias, em três períodos distintos, e o Sr. Presidente recusou. Agora vou fazê-las para uma análise aprofundada da CMV, para perceber como chegamos aqui, como estamos a trabalhar e que soluções temos a apresentar. Mas, fundamentalmente, para conhecer o fundamento de uma dívida de curto prazo, que aumentou em três anos de cerca de 3 para 16 milhões de euros”, acrescentou no final, em declarações à Rádio Vizela.

Dora Gaspar solicitou maior antecedência no agendamento das reuniões

Ainda não se tinha entrado na Ordem do Dia e já a vereadora do PS havia afirmado que o Executivo de Victor Hugo Salgado havia incorrido numa ilegalidade, uma vez que a reunião não havia sido agendada com a antecedência das 48 horas prevista no Regimento. Desta feita, solicitou para que as regras fossem cumpridas mas também para que seja disponibilizado aos vereadores da oposição o tempo necessário para que possam estudar devidamente a agenda de trabalhos. “Espero que esta ilegalidade não se perpetue e que as oposições sejam tratadas como o foram no mandato anterior”, afirmou Dora Gaspar.

Nesta situação, Victor Hugo Salgado pediu para que fossem tidas em conta as circunstâncias em que decorreu esta primeira reunião, que teria de acontecer cinco dias após a tomada de posse, um período que coincidiu com a entrada de um novo Executivo, tendo este precisado dos primeiros dias para levar a efeito alguns procedimentos indispensáveis ao início das suas funções na CMV. “Em causa estiveram apenas algumas horas. A nossa preocupação foi colocar a CMV em funcionamento, porque, pela primeira vez, há uma alteração de fundo no Executivo”, salientou, no final, o autarca.

Da Ordem de Trabalhos e na primeira proposta, constava a proposta de delegação de competências no Presidente da CMV e que foi aprovada por maioria. Registou-se a abstenção dos vereadores Fátima Andrade, João Ilídio Costa e Dora Gaspar. De acordo com Victor Hugo Salgado, em relação ao mandato anterior, a competência financeira do Presidente reduzirá de 748 para 149 mil euros, porque entende que é em sede de reunião de Câmara que as decisões devem ser tomadas.

Seguiu-se depois a proposta de fixação de vereadores em regime de meio tempo. Victor Hugo Salgado designou dois vereadores a tempo inteiro (Agostinha Freitas e Jorge Pedrosa) e um vereador a meio tempo (Joaquim Meireles). A proposta foi aprovada por maioria. Contou com a abstenção de Fátima Andrade e os votos contra dos vereadores do PS.

Para justificar a sua tomada de posição, Dora Gaspar citou entrevistas concedidas por Victor Hugo Salgado e Jorge Pedrosa ao JN, artigos de opinião publicados no RVJornal e frases proferidas em comícios de campanha eleitoral, nos quais foram sendo visíveis as diferenças que existiam, na altura, entre os candidatos do Movimento Vizela Sempre e da Coligação, não aceitando, por isso, que estes pudessem, numa semana e meia, chegar a um acordo pós-eleitoral. A vereadora lembrou ainda que, no último ano e meio do mandato, o PS teve de governar em maioria e que, mesmo sim, fez aprovar um Orçamento, uma Prestação de Contas, a saída do PAEL e a descida, por duas vezes, do IMI. “Entendemos ainda que este é um acordo que veio fragilizar a Coligação, o que já foi notório no sábado aquando da eleição para a Mesa da Assembleia Municipal”, salientou Dora Gaspar. E João Ilídio Costa acrescentou: “É um contrassenso. Não compreendo a posição do Dr. Jorge Pedrosa”. O vereador do PS lembrou que a atribuição de pelouros ao vereador da Coligação é um direito que assiste ao Executivo, mas que tal decisão acarretará mais custos. “Mas qual foi o teor do acordo? É de justiça que os vizelenses tomem conhecimento do conteúdo do mesmo”, defendeu ainda João Ilídio Costa.

Sentindo-se implicada na discussão, Fátima Andrade também se quis dirigir aos presentes, dizendo que a sua situação na CMV é “bastante delicada”. “Mas garanto que não preciso de tachos, apenas preciso de trabalhar em prol dos vizelenses. Sou independente, mas enquanto estiver na Coligação vou cumprir sempre com a minha palavra”, afirmou a vereadora. Já no final, adiantou que a não atribuição de pelouros foi lhe justificada com “o não aumento da despesa”.

Em relação às orientações de voto dos vereadores eleitos pela Coligação, estes já manifestaram diferenças nas votações desta manhã. “Isso tem a ver com a minha liberdade. Só com a liberdade de me exprimir e fiscalizar é que assumi este cargo. Serei uma das pessoas que vai fiscalizar as Contas deste concelho”, prometeu Fátima Andrade.

Perante as questões levantadas, Victor Hugo Salgado afirmou que o acordo foi dado a conhecer publicamente e que os seus motivos foram expressos na cerimónia de tomada de posse do último sábado. Garantiu ainda que este estará plasmado no documento de delegação de competências que amanhã fará chegar a toda a vereação. “Na campanha eleitoral muita gente se pronunciou, mas no final quem se pronunciou foram os vizelenses que disseram que não criam mais o passado nem o PS”, acrescentou o presidente da CMV. Dora Gaspar não se confinou ao silêncio: “Mas os vizelenses também não disseram que queriam ver o Movimento com maioria e a Coligação a governar”.

No final, à Rádio Vizela, o presidente da CMV, acrescentou que “não há qualquer problema em tornar público este acordo, que assenta, sobretudo, na delegação de competências que define os meios pelos quais foi assegurada a estabilidade da autarquia”.

Próxima sessão agendada para 31 de outubro

Esta manhã, a vereação debruçou-se ainda sobre a indicação do representante do Município na Assembleia-geral da Vimágua. “Estou expectante pela votação de Jorge Pedrosa, uma vez que a Coligação foi sempre contra a criação da Vimágua, tendo no início do último mandato se abstido nesta proposta”, atirou Dora Gaspar. A proposta acabou aprovada por maioria. Apenas houve uma abstenção por parte de Fátima Andrade.

Por unanimidade foram aprovadas as propostas de fixação de seguro de acidentes pessoais para o presidente e os vereadores do Executivo Municipal, bem como as propostas de dispensa da leituras das atas e de abertura de contas bancárias tituladas pelo Município. As reuniões do Executivo Municipal passarão a realizar-se às terças-feiras, pelas 10h00. A próxima sessão está agendada para o dia 31 de outubro.

Rádio Vizela

publicado por José Manuel Faria às 17:38

VHS começa mal. Convoca reuniões sem o horário estipulado por lei. Para alguém que lá está há anos é de um amadorismo sem explicação. Depois pensa que consegue dominar a oposição atribuindo pelouros a um pobre coitado que não tem onde cair morto... Os seus planos para daqui a 4anos sabemos nós quais são, mas não esfregue as mãos porque não vai ser tão fácil como imagina...
Anónimo a 22 de Outubro de 2017 às 19:05

VHS começou muito bem em apenas cinco dias fez uma coisa que o Dinis Costa em 8 anos NUNCA FEZ, falou em direto para todos os Vizelenses(quem quis ouvir) na rádio Vizela, 2 horas a falar respondendo a tudo, Dinis Costa nunca lá foi, mandava o Dora Gaspar ou o João Polery, só por isso já ganhou, aliás Dinis Costa é um covarde nem na cerimónia de posse do novos elementos para a CMV e AM apareceu, aí se vê a personalidade da pessoa em causa, mas na quarta feira á noite apareceu na sede do PS, era vê lo a atravessar a praça, que Presidente é este?
Que respeito tem este homem pelos Vizelenses?
Nenhum, Zero.
Até que enfim esta gente se foi embora da CMV.
Anonimo a 23 de Outubro de 2017 às 13:07

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