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"Ao longo dos últimos tempos, o edifício sede do Município de Vizela, o aproveitamento do seu espaço, assim como a sua conclusão, têm sido temas em cima da mesa e sujeitos a discussão. Depois de aprovada a proposta de conclusão do auditório municipal, uma proposta da Coligação, a vereadora Fátima Andrade, por iniciativa própria, decidiu visitar as instalações do edifício. No período de intervenção dos vereadores, demonstrou o seu “repúdio” com o que viu e questiona agora a verba gasta na infraestrutura. A vereadora refere-se ao rés-do-chão e ao piso inferior. “Ninguém faz ideia como isto está”, disse. “Está tudo em grosso, desorganizado e fiquei chocadíssima com o lixo amontoado, com o Arquivo, com pastas em cima de cadeiras e muito pó”. Depois, descreveu o que encontrou numa sala destinada aos manuais escolares: “Há tanta gente a precisar de livros, caros, amontoados e atirados para o lixo, é incompreensível (…) o Arquivo Municipal não está salvaguardado”, lamentou.

“Olhando ao montante que tem sido publicitado, ao longo destes anos, que está enterrado neste edifício, não é possível. Se calhar da minha parte é perigoso dizer que não é possível terem gasto o dinheiro que anunciaram mas tenho direito de zelar pelos interesses dos vizelenses”. E a vereadora quer que se apurem responsabilidades: “Demonstro o meu repúdio pelo facto do PS ter estado aqui tantos anos e de só ter deixado lixo”.

Também João Ilídio Costa, vereador do PS socialista, se pronunciou sobre esta matéria: “Ao nível pessoal, estou de acordo com a sra. vereadora Fátima Andrade”. Lembrou também que durante a campanha eleitoral, a candidatura por si liderada solicitou ao anterior Executivo documentos e informações sobre o atual estado e o processo de conclusão do edifício que não lhe terão chegado, adiantando que as mesmas informações serão solicitadas ao atual. No entanto, frisou que o edil Victor Hugo Salgado também deveria estar a par desta situação, olhando ao cargo que desempenhou no passado, como vereador. “É corresponsável e este é um caso que merece especial atenção”, acrescentou.

Edil confirma degradação que disse desconhecer

Questionado no final da sessão sobre o cenário descrito pela vereadora Fátima Andrade e sobre se tinha ou conhecimento do atual estado em que se encontra o edifício, Victor Hugo Salgado respondeu negativamente. Na sessão, o edil referiu que o que viu Fátima Andrade foi a realidade que o seu Executivo “constatou no primeiro dia de governação”. “Quando cheguei à Câmara, em 2010, o que verifiquei foi que os funcionários das oficinas municipais não tinham condições de trabalho. A situação no antigo Matadouro era degradante e fui impulsionador de uma reforma ao nível das Obras Municipais, transferindo-as para um novo pavilhão. Agora, a vereadora que ficou com a pasta [Dora Gaspar] não teve o cuidado de acompanhar aquela realidade, bem pelo contrário, é inadmissível”. Criticou o edil, os “60 mil euros que a Câmara, no mandato anterior, gastou a certificar serviços municipais”: “Há um Arquivo desorganizado, atrasos nos processos e há uma empresa que certifica tudo isto. É grave”.

 

Vereador do PS critica postura de edil na apresentação do livro de António Veiga

Na sessão, João Ilídio Costa criticou a postura adotada pelo presidente da Câmara Municipal de Vizela, na cerimónia de apresentação do livro de António Veiga, “Olhares na Memória”, no passado dia 02. “O sr. presidente estava na plateia e acabou por fazer uma intervenção oficial, desrespeitando o papel da sra. vereadora Agostinha Freitas, que estava na mesa, em representação do Município”, disse o vereador do PS. Entendeu se ter tratado de um desrespeito pela vereadora, apelidando o discurso de Victor Hugo Salgado de “vazio”.

Agostinha Freitas quis responder ao vereador do PS, lembrando que foi convidada por António Veiga e que a sua presença na mesa se deveu, não só à representação do Município, mas também pelo facto de ter sido convidada, pelo autor, a ler e a comentar um dos capítulos do romance. “Além disso, quem chamou o dr. Victor Hugo a intervir foi a bibliotecária, a dra. Márcia Castro por achar pertinente, olhando à sua presença”.

“Os vizelenses estavam habituados às ausências do presidente da Câmara e dos vereadores, agora isso não acontece”, começou por dizer o edil. “Fiz uma intervenção e sei que o senhor a faria também se estivesse no meu lugar”, respondeu o edil vizelense.

Executivo Municipal de Vizela lembrou Alcides Campelos

A reunião do Executivo Municipal de Vizela começou com um minuto de silêncio em memória de Alcides Campelos, cujo funeral coincidiu com a realização da sessão. O presidente da Câmara Municipal de Vizela, Victor Hugo Salgado introduziu este momento descrevendo Alcides Campelos como homem de causas, dedicado sobretudo ao associativismo local, um dos ícones do PS local e ex-deputado municipal. Um voto de pesar seria votado por unanimidade, mais à frente nesta sessão. Também João Ilídio Costa falou de Alcides Campelos que, além de socialista, deixa marca no mundo associativo local. Refira-se que, nesta sessão, não marcou presença a vereadora do PS, Dora Gaspar, uma vez que marcou presença nas cerimónias fúnebres do vizelense, conhecido pela sua forte ligação ao partido do qual era militante.  

 

Túnel da Cor Alfredo Ribeiro

Entende o vereador do PS, João Ilídio Costa, que Alfredo Ribeiro, presidente da AIREV e da Confraria de S. Bento das Peras, que foi vítima de um atropelamento mortal, merece ser para sempre recordado. Como tal, propõem os socialistas uma alteração de toponímia no que diz respeito ao Túnel da Cor, que deverá passar a designar-se de Túnel da Cor Alfredo Ribeiro pela dedicação que deu ao projeto lançado pela Confraria que presidia. Ouviu o vereador do edil Victor Hugo Salgado que o seu Executivo está recetivo a colocar essa ideia em prática depois de avaliação dessa possibilidade. Será um assunto a abordar em breve, em sede de reunião camarária.

 

Propostas aprovadas

A Ordem do Dia incluía uma série de propostas relativas à Vimágua, empresa de água e saneamento de Guimarães e Vizela. Destas, a primeira em votação foi a de minuta de contrato de gestão do gestor público da Vimágua, aprovada por unanimidade com a abstenção da Coligação. De seguida, foi aprovada por unanimidade a proposta de tarifário para o ano de 2018. Com exceção das tarifas de saneamento que terão um aumento, resultante do aumento de tarifa aplicada pela Águas do Norte, todas as restantes, nomeadamente, as tarifas de água, não terão qualquer aumento em 2018, pelo quarto ano consecutivo. A coligação também se absteve nas propostas de designação de fiscal único da Vimágua, para o mandato 2017/2021, e a de contrato de gestão delegada da Vimágua.

A proposta de constituição do Conselho Municipal de Educação e proposta anual de feiras e mercados do Município de Vizela foram aprovadas por unanimidade, assim como a proposta de aquisição de serviços de fornecimento contínuo de energia elétrica para os edifícios municipais, iluminação pública e contratos provisórios para eventos para o ano de 2018.

O vereador do PS absteve-se na proposta de submissão a discussão pública do projeto de regulamento municipal de incentivo à natalidade - “Cheque Bebé”. Ressalvou a importância do Executivo efetuar um estudo do impacto desta medida na natalidade no concelho e voltou a considerar esta uma medida avulsa que não deverá surtir efeito. “Precisamos de crescimento de economia e da criação de emprego”. “Não conseguimos prever o futuro, não é uma medida isolada mas sim transversal”, respondeu Victor Hugo Salgado"

rádio vizela

publicado por José Manuel Faria às 19:18

3 comentários:
Acredito no desperdicio e na desarrumaçao, mas n]ao posso ilibar o Vitor Hugo de culpa.
Anónimo a 16 de Dezembro de 2017 às 21:54

Das duas uma:
Esta gente fala por falar ou fala do que não sabe, ou ainda o que interessa mesmo é isentar quem de direito de culpas.
Mas o surpreendente ( para mim )é vir o Srº deputado Carlos Alberto depois do que foi mostrado na AM dizer que o VHS tem culpa porque também lá esteve (Executivo).
Srº Carlos Alberto o Srº não sabe que o Pelouro do Arquivo e das Obras sempre pertenceram á Vereadora Dora Gaspar? Se não sabe devia saber que era para não dizer disparates, sendo assim que responsabilidades tem o VHS?
Realmente a Dora Gaspar nunca se interessou do que se passava/ou nos serviços do seus Pelouros, (alguns) a verdade é como o azeite vem sempre ao cimo e aqui está uma prova mais que evidente o que interessava mesmo era obras de encher o olho o resto era insignificante.
Que vergonha, mas não sei!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!se ainda vão/vai dizer que a culpa foi: Francisco Ferreira, Joaquim Meireles, Agostinha Freitas, Armindo Faria, José Armando, Mário Zé, etc...etc....para a proxima RC falamos.



Anónimo a 20 de Dezembro de 2017 às 13:04

ZMF outra vez arroz!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Só se falou destes 3 assuntos na RC?
Pois ,além de a Dora Gaspar nem ter estado presente o resto também não interessa nada. Certo?
Anónimo a 20 de Dezembro de 2017 às 18:13

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