Depois das eleições, a vereadora diz que a Coligação foi abordada pelo Movimento Vizela Sempre e que vários cenários foram equacionados, sendo que “um acordo para uma solução de governação se colocou como o mais plausível”, desde que este respeitasse todos os elementos da Coligação, bem como o seu programa eleitoral.
Diz agora Fátima Andrade que das propostas apresentadas por Jorge Pedrosa, em nome da Coligação, constava a aceitação por parte de Victor Hugo Salgado da inclusão no novo Executivo dos dois vereadores eleitos pela Coligação com pelouros atribuídos. “Quanto à Assembleia Municipal e às freguesias, o acordo seria estudado caso a caso, conforme o interesse daquelas e dos eleitores”, salienta a vereadora, acrescentando que esta proposta foi recusada. E acrescenta: “O Movimento mostrou-se inflexível e insistiu na atribuição de pelouros a um só vereador da Coligação, obrigando a que a outra vereadora eleita se mantivesse ao lado do Movimento, muda, de pés e mãos atados, como é bem entendível. Jorge Pedrosa aceita o acordo imposto por Victor Hugo Salgado, ficando como vereador com pelouros atribuídos, pelouros esses que em nada dignificam a Coligação, nem a esta darão visibilidade ou oportunidade de mostrar o trabalho de qualidade que poderia realizar em prol dos vizelenses””. “Victor Hugo Salgado consegue os seus intentos a troco de quase nada”, continua Fátima Andrade.
Desta feita, a vereadora que esteve quatro anos na oposição, como líder do Grupo da Coligação na Assembleia Municipal, afirma não “se ver nunca no lugar do objeto decorativo que lhe propunham atribuir”, referindo agora, abertamente, que não está de acordo com o que foi estipulado entre as duas forças políticas e que nem tão pouco se revê na forma e conteúdo da solução encontrada.
Vereadora da Coligação decide exercer cargo para o qual foi eleita
Entre renunciar ao mandato e entregá-lo ao elemento a seguir indicado na lista de candidatos da Coligação (José Abreu), ficar como vereadora independente na oposição ou aceitar o mandato que lhe foi confiado pelos vizelenses, como vereadora da Coligação, Fátima Andrade decidiu-se pela terceira opção. Afirma que o fará “com total liberdade para fiscalizar, pensar, propor e defender o programa que melhor servir os interesses dos vizelenses”.
Já a terminar, a vereadora diz que a solução encontrada visa mostrar que “é possível estar na política de forma desinteressada, prontos a servir aqueles que em nós confiaram o seu voto”. “É assim que eu estarei, disposta a pugnar por uma vida melhor para os vizelenses, como sempre o fiz”, remata.