Para:Assembleia da República e Governo Português
"A partir da criação do euro a soma das balanças de transacções da Grécia, Itália Portugal e Espanha –GIPS- passou sempre a ser negativa, enquanto a Alemanha apresentava um crescente saldo positivo nas suas trocas com o exterior; quer dizer, a Alemanha prosperou com a moeda única e os GIPS agravaram a sua situação económica. A situação continuou a ser favorável à Alemanha quando foram abolidas as quotas de importação provenientes dos mercados asiáticos em 2005 e que levou à destruição de muitas empresas de média tecnologia no nosso país.
Quando os mercados de capitais iniciaram um ataque especulativo sobre a dívida pública não puderam contar com uma intervenção enérgica do Banco Central Europeu -BCE- devido essencialmente à forte oposição da Alemanha.
Paradoxalmente o BCE cujos fundos provêm dos estados da UE pode emprestar dinheiro aos bancos mas está proibido de emprestar directamente aos países.
O problema das dívidas soberanas permitiu instalar uma política de medo e incerteza permanente, que tem servido de pretexto para uma grande ofensiva contra as regalias económicas e sociais estabelecidas. (...)"
Porto 31 de Janeiro de 2012
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