A política vizelense tem-se resumido às reuniões camarárias e às assembleias municipais.
É uma situação compreensível em ano não eleitoral, as organizações estão menos empenhadas e não há políticos profissionais no CDS, PSD, PCP e BE.
Nota-se também uma falta de renovação de protagonistas políticos, em Vizela há receio de tomar posição, de propor de denunciar é sempre a mesma "gente".
Os putativos políticos alternativos das classes médias, novos licenciados, universitários ou operários combativos estão ou na retaguarda ou desinteressados, talvez mais esta segunda hipótese.
As reuniões de Câmara têm sido sossegadas e unanimistas, bom para o partido socialista.
Nas assembleias municipais contrariamente ao vinculado por certa imprensa local, estas têm tido dinâmica, tem havido discussão profunda e propostas alternativas.
As assembleias municipais são o lugar privilegiado do debate politico, apesar das diferentes oportunidades de tempo o PS e o PSD engolem o tempo quase todo. Contudo registo a discordância relativamente ao PCP que afirma não intervir por falta de tempo, há sempre 2,5 minutos por cada ponto da ordem de trabalhos.
Era bom que a rádio Vizela continuasse com a ideia de realizar um debate após a assembleia municipal, criando assim uma oportunidade igual a todos e forçando a uma maior profundidade dos temas abordados, alcançando um público mais vasto e interessado.
As eleições estão longe, mas as oposições ou se põem "finas" ou o PS leva em frente o seu projecto esmagar as mesmas. É que o PS/Vizela não gosta de discutir e ser questionado, gosta é de MANDAR.