A vitória nas directas de Ferreira Leite e a composição da sua comissão política nacional mostra um PSD do antigamente: barrosista/cavaquista anti-populista e elitista. Este PSD vai chocar ideologicamente com o PS que tem feito a política desta "gente" laranja. Privatizações, ataque aos direitos dos funcionários públicos, menos Estado, apoio aos grandes capitalistas.
Aparece assim uma oportunidade de ouro para o povo de esquerda, maioritário sempre, mesmo com as maiorias de cavaco no governo ou na presidencia. Foi povo de esquerda iludido com um salvador "Sebastianista" que em determinada altura "virou" à direita, enganado.
A esquerda do PS, o BE a RC e milhares de militantes do PCP realistas e pragmáticos podem a qualquer momento encetar encontros/ debates/discussões para preparar o futuro político do País, dar seguimento ao comício das esquerdas, ainda mais abrangente.
Estas esquerdas não devem descurar esta oportunidade de ouro de interesses estratégicos políticos, atacando o Socretismo/ Ferreirismo criando uma frente eleitoral unida na diversidade com possibilidade de atingir os 20% nas urnas. E a partir daí obrigar os vencedores de sempre a cair na real. Portugal no caminho da defesa dos mais desfavorecidos e atacar sim os previligiados de sempre.
Portugal necessita de um frente unida eleitoral para defesa dos trabalhadores e com acesso ao Poder, finalmente. Está na hora de terminar com os sectarismos e os grupos de "puros" à espera do socialismo do São Nunca. O povo não pode esperar mais. Chegou o momento.