O PSD perdeu uma oportunidade de ouro de poder ter um candidato a primeiro - ministro de uma área ideológica de centro - direita liberal alternativa clara a José Sócrates, Pedro
Passos Coelho. O PSD enveredou pelo cinzentismo dejá vú das finanças à educação. PPC é jovem, liberal assumido, pouco estatista e voluntarioso. MFL insiste numa postura rígida,
carrancuda, assustadora para lhe dar um ar de que com ela acaba a brincadeira. Pelo contrário a entrevista na TVI mostrou MFL, nervosa e com uma certeza, o País está sem
dinheiro, não pode investir, pressionada nunca afirmou onde cortava no investimento público - TGV, aeroporto auto-estradas - o governo é que deve esclarecer. E nós ficamos
na mesma, a sra. explica no máximo na campanha eleitoral ( nesta altura Sócrates sorria em casa).
A "bomba" política estava reservada para o fim, Constança Cunha e Sá directa entra na moral fracturante, aí, MFL estampa-se, rouba algumas centenas de votos ao CDS e perde
milhares para o PS. O casamento entre homossexuais é outra coisa que não casamento, chamem-lhe retrógrada, mas ela é assim. O casamento tem como objectivo primeiro a
procriação, foi o fim da presidente social-democrata dos tempos de hoje, uma afirmação que contenta os salazaristas do tempo de Salazar. MFL depois do seu divórcio, não casará
( tem 67 anos), os solteiros, divorciados, inférteis ou lésbicas nunca serão bons pais ou famílias a sério. O casamento mais que um contrato de amor ou de propriedade, é um meio
para fazer filhos.
A entrevista no Canal pago por todos nós foi o lançamento de uma passadeira vermelha ao primeiro-ministro, José Sócrates. A leveza de Judite de Sousa, o receio de não incomodar
de José alberto Carvalho, levou o PM a discorrer sobre os assuntos como bem queria ao ritmo que lhe interessava. A culpa da crise é internacional, os camionistas ficaram
satisfeitos, foram só 3 dias de pânico. O Alegre é porreiraço, as suas criticas são bem vindas, as manifestações normais, o PCP quer o céu na terra ( irresponsável), piores dias
virão, temos é de ser positivos como diria o outro.
Duas entrevistas esclarecedoras, uma do pensamento económico sem rasgos e ou criatividade e do apertar o cinto com uma moral ultra-conservadora. Outra que não foi bem uma
entrevista, mas um momento Chavéz de propaganda ilusória sem contraditório à altura, só sorrisos muitos sorrisos de Judite, lembrou os encontros à segunda-feira com Vitorino.
Espera-se um duelo à sombra entre os dois num canal privado.
Conclusão, o Bloco de Esquerda tem de crescer o mais possível para retirar a maioria absoluta ao PS "roubando" os seus eleitores de quase sempre.