
O relacionamento entre ambas já durava há cerca de três anos, dentro das quatro paredes da pequena cela que partilhavam, no Estabelecimento Prisional de Tires (EPT), em Cascais. Mas só em Janeiro de 2008, Beatriz M. e Linda A. decidiram assumir a sua ligação homossexual e as manifestações de carinho passaram a ser públicas.
Deste então, a direcção do presídio separou-as de cela, colocou-as em pavilhões diferentes e proibiu-lhes mostrarem qualquer afecto uma pela outra - um simples beijo na face já se tornou motivo para uma repreensão. Neste momento, enquanto Beatriz, de 29 anos, se encontra ainda a cumprir uma sanção disciplinar, Linda, de 19, com o desgosto, tentou o suicídio e foi transferida do Pavilhão 2 (condenadas) para o 1 (preventivas).
A discriminação por orientação sexual minoritária continua, é no trabalho na rua na prisão em casa ( nem todas/os). Vivemos num País ultra - conservador , reaccionario e de um moralismo dizem judaico - cristâ obsoleto. Deixem em paz e respeitem, não tolerem, respeitem as pessoas que gostam e amam outros(as) do mesmo sexo. Os homossexuais não pegam a "doença" aos hetero.