Os blogues são ferramentas indispensáveis como fonte de informação, formação, entretenimento entre outras. Dou especial importância às primeiras, por consequência registo com toda a humildade do mundo que estes últimos 5 anos têm sido “esgalhados” na procura da ideia, do argumento, do ponto de vista contrário – visita e comentário na bloga de direita -, com o intuito primeiro de aprender, e em segundo, terceiro plano de opinar à espera de um excelente contra/argumento.
E tudo começou com o Abrupto do polémico, fracturante e intelectual Pacheco Pereira, o homem amado ou odiado, mas não indiferente, e é de gente desta que gosto.
É uma delícia, é poesia, ler textos, centenas de posts que nos fazem cair na real da nossa ignorância da escrita, da história, da filosofia ou da política.
Assumir que há melhores, muito melhores que nós, é aprender a saber da pequenez que somos.
Há crónicas/artigos de uma fluência, harmonia de um encaixe tal, que alguém tem de nos abanar para entender-mos a chegada naquele segundo do sinal vermelho.
O Arrastão do Daniel sozinho e agora acompanhado, foi e é, mesmo que não o aceite uma referência incontornável (expressão detestada pelo Pedro Correia) de uma esquerda à esquerda do PS não marxista, e por isso à direita dentro da esquerda, agora denominada de extrema-esquerda do Bloco de Esquerda – complicado, verdade -, eu que nem sabia da existência de não marxistas Bloquistas! O cosmopolitismo associado a uma personalidade desalinhada e livre, fez-me acompanhar o pensamento coerente uma vezes, paradoxal outras do percurso sócio/ideológico de Daniel Oliveira expresso no seu jovem filho.
Com o tempo, a importância do Arrastão atingiu um tal patamar que o seu autor inicia uma peregrinação ateia pelos jornais e ou televisões, sempre como o homem da perspectiva de esquerda, e, por isso, o ataque, a insinuação, a calúnia algumas vezes começaram a pulular na Blogosfera e na “velha” rede do papel impresso. Normal. O pai do arrastão carrega uma cruz de voz oficial do BE, que não sendo de todo verdadeira, o obriga constantemente a desmentir e por vezes embaraçar, quando as posições até são antagónicas.
Curioso, diria até engraçado, é por vezes a pressão que lhe fazem, pelo facto de demorar a emitir ou omitir opinião sobre algo, como se estivessem à espera da presa, para lhe lançarem um presente envenenado quiçá com vontade de o pescarem à corda.
O Arrastão, miúdo de quatro, não é sobredotado, contudo, sem dificuldade entrará em Medicina aos dezassete.
Parabéns.
Arrastão