No poder há 42 anos, já fez saber que não vai tolerar manifestações contra si ou contra o regime. Veremos!
Uma coisa ficou clara: a moção de censura ao Governo anunciada pelo Bloco incomodou muita gente e está a levar a que se clarifiquem posições, que se separem as águas.
Mas já chega de intoxicação. Basta da teoria do pânico e do horror, do karma que nos vai perseguir de ora em diante. Todos sabemos que esta gritaria tem uma razão de ser. É que a instabilidade, a angústia, o desespero, o temor sobre o dia de amanhã, são já a realidade diária de milhares de portugueses.
Irresponsabilidade são as centenas de milhares de portugueses sem trabalho, sem esperança, sem vida, a quem é urgente dar alternativas. São milhares de jovens sem recursos, sem forma de vida, sem planos. E agitar o fantasma da direita é uma ameaça estafada: o PS já está a governar com a direita, e é o principal executor das políticas neo-liberais do PSD.
O que as pessoas percebem, com toda a clareza, é que as suas vidas estão hipotecadas, e que a factura está já a ser paga por todos.
Esta moção de censura é um forte instrumento nesta luta do Bloco: inverter esse caminho da instabilidade, alterar esta marcha rumo ao abismo. Aos que acusam a debilidade desta censura na mobilização social respondemos com a determinação de quem sabe que é preciso que o centro da política saia para a rua. Se seria mais fácil ficarmos calados, imóveis, imperturbáveis, perante o agravamento da situação social do país, tolhidos pelo calculismo eleitoral? Talvez fosse, mas não era a mesma coisa, pois não seria o Bloco."
O PS executa a governação das políticas da direita. E, por isso, a Moção serve para clarificar o que já se sabe, mas sem fazer cair o General e suas tropas (executores ). A moção será um contributo para que a política saia para a rua.
Basta de explicações, inexplicáveis. Já chega.