"A fidelidade (...) é a mais integral de todas as virtudes humanas. O homem participa numa batalha e, sem a fidelidade, não conhece a sua luta; apenas usa da violência, interpreta uma vontade, é instrumento de uma opinião. A fidelidade move-o desde a sua origem, é a primeira condição da consciência. Não se efectuam coisas novas sem fidelidade. Não se engrandece a piedade ou se priva com o mais simples sentimento, sem a fidelidade. Uma acção progressiva tem que ter raízes tumulares, raízes naquilo que encerrámos definitivamente - uma era, um conhecimento, uma arte, uma maneira de viver. A fidelidade, disse eu, assegura-nos o tempo de criar e o tempo de destruir o que se tornou inconforme à imagem do homem. Nada é digno de valor, sem fidelidade."
Agustina Bessa-Luís, in 'Alegria do Mundo'
E o Governo enviesa novamente a austeridade pública que, não é igual para todos. São as autarquias a terem o poder de determinar os cortes salariais nas empresas municipais, quer isto dizer, regabofe: os boys do partido que dominam as administrações das empresas podem estar descansados pois, dificilmente serão atingidas as suas contas bancárias.
Este tipo, o Sócrates, anda a brincar com a paciência dos portugueses: qualquer dia tem o povo na rua e uma revolução nos quartéis. Já faltou mais, muito mais.