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A Conferência de Imprensa (sem perguntas da imprensa) dada pelo executivo Camarário, pelo “líder” de um Movimento espontâneo de Comerciantes e pelo responsável de um grupo privado de investimento Espanhol realizada no Auditório dos Bombeiros de Vizela foi histórica.
Penso, que pela primeira vez em Portugal uma Entidade autárquica (Câmara) expõe-se publicamente ao lado de um grupo privado contra a administração de uma empresa igualmente privada pela não consumação de um negócio obviamente privado.
No mesmo local e hora, a Câmara dá o seu ponto de vista e apoia a versão e os números do negócio de uma das partes.
Uma CI onde são explicitados todos os contornos de um negócio desfeito e, a partir desta realidade é apresentada a proposta futura da autarquia naquele momento.
O acontecimento tem laivos de surreal.
1 – A CMV deveria explicar o seu papel no negócio em reunião de Câmara Municipal;
2 – A CI a ocorrer por parte da CMV seria sempre após a sua explicitação no local institucional;
3 – O grupo investidor a querer dar explicações seria sempre por sua conta e risco e não à boleia da autarquia;
4 – O grupo cívico de comerciantes deveria opinar de forma independente da autarquia e de um dos lados do negócio, assim, deixou cair a sua autonomia.
5 – A CMV arranca para uma ideia radical: a expropriação da CMV sem primeiro ter ponderado/estudado todos os contornos da medida.
6 – A fuga em frente da CMV colocará sobre si todo o ónus da não resolução futura do problema: a reabertura das Termas de Vizela e Hotel.