A VII Convenção do BE será o momento político interno mais importante desde a sua fundação. O mote será a clarificação: Ou o BE, continua a ser o partido radical democrata/socialista em luta por uma sociedade anti/capitalista no parlamento e na rua - com o movimento social diverso-, ou encaixa na social/democracia de esquerda com laivos esquerdistas a piscar o olho ao PS na procura do poder pelo poder, engravatado e institucionalizado até aos ossos. Prefiro a primeira hipótese. Daí, e apesar da direcção do PCP querer fugir ao debate e à criação de uma plataforma unitária, o BE com toda a humildade, deve insistir na hipótese da criação de uma frente eleitoral alargada com base social do PS, BE, PCP, independentes e movimentos sociais contestatários do capitalismo.
O aparecimento de uma 3ª via socialista consequente, em forma de movimento unitário pela conquista do poder com o seu programa clarificador altamente diferenciado da onda neoliberal pró/mercados e capitalista, apresentando novos protagonistas credenciados em áreas fundamentais: economia/saúde/educação, poderá fazer com que o eleitor desvie o olhar dos suspeitos do costume: há centenas de milhar de portugueses ávidos de uma novidade à Esquerda.