Há na Rádio Vizela (97.2) às sextas – feiras pelas 12:30h, um programa imperdível, o “Bica quente”, com Miguel Machado e Carlos Alberto Costa.
Hoje, Miguel Machado esteve demolidor: acerca do orçamento/2014 (Município de Vizela).
Machado, fez mais oposição ao executivo que toda a equipa da Coligação (PSD/CDS).
LIVRE - Esquerda, Europa Ecologia
"O Livre não vai dividir ainda mais a esquerda?
Não vimos para acrescentar mais um e dividir ainda mais, vimos para propor mecanismos de convergência. Mais uma vez, está a ser proposto com tempo suficiente para ser feito. Não nos esqueçamos que o Parlamento Europeu permite que os deputados, mesmo que eleitos em listas conjuntas, se distribuam pelos grupos políticos que têm mais a ver com a sua ideologia. Ou seja, nada impede que haja uma lista conjunta da esquerda ao Parlamento Europeu. No entanto, a direita vai conjuntamente e a esquerda não. Nunca tivemos um governo ancorado à esquerda e essa é a maior lacuna no sistema político português e que tem deixado frustradas, enganadas, muitas pessoas num país que tem uma maioria social de esquerda.
Os militantes e também dirigentes virão das outras esquerdas?
Podem vir desses partidos e até poderão continuar nos partidos em que estão. Na organização do partido existirão, desde logo, duas categorias de participação: os militantes e os apoiantes"
Rui Tavares:
"Uma breve nota para deixar claro que tanto o título como a capa do i põem hoje entre aspas uma frase que eu não disse. O que aliás se percebe ao ler a entrevista onde, mesmo assim, há uma certa descontextualização na parte correspondente das perguntas e respostas (um outro problema ocorre numa pergunta em que se diz que eu teria dito querer "um partido mais reacionário", o que é, evidentemente, sem sentido). Estou em contacto com a jornalista (que muitas vezes não é a responsável pelos títulos, e segundo parece não o terá sido neste caso) para que a devida correção seja publicada amanhã. Mas como entretanto vi referências a isto nas redes sociais achei por bem corrigir desde já aqui, o que evidentemente não exclui a correção no jornal."
PS e Coligação em reunião de Câmara assinalaram como extremamente positivo a apresentação pelo executivo de um orçamento de 17 milhões de euros, mais 11 milhões de empréstimos e 7 milhões para uma escola, registando um total de 35 milhões. Estes políticos chamam-lhe de realista, como se esse apego à realidade fosse o motivo principal para o transformar em boa conta.
A necessidade desse crédito implicará a despesa de centenas de milhares/euros de juros (prioridades erradas/incompetência/gastos desnecessários) a serem pagos pelos contribuintes Vizelenses precisamente em ano/s de forte crise económico/financeira.
O executivo em dois anos fará apenas obras de pequena monta! Quererá, o edil dizer que a o resto da receita só dará para pagar salários e outras despesas correntes? Pouca ambição ou gestão a confirmar o “princípio de peter”.
"Eleições realiza-se no próximo dia 7 de dezembro. Lista é liderada por Dinis Costa atual presidente do PS e da Câmara Municipal. Mandatos passam de dois para quatro anos."
(Nome e número de militante)
1. DINIS MANUEL DA SILVA COSTA…………. ………………………………………………………. 21941
(Candidato a Presidente da Comissão Política Concelhia)
2. JOÃO ANTÓNIO FERNANDES POLERI …………………………………………………………… 54922
3. DORA FERNANDA CUNHA PEREIRA GASPAR ………………………………………………. 94423
4. VICTOR HUGO MACHADO DA COSTA SALGADO ABREU………………………………. 82662
5. JOAQUIM MEIRELES PEREIRA GONÇALVES……………………………………………………. 50572
6. MARIA AGOSTINHA RIBEIRO DE FREITAS………………………………………………………. 42320
7. MÁRIO JOSÉ AZEVEDO OLIVEIRA …………………………………………………………………. 92722
8. MANUEL ANTÓNIO LOPES PEDROSA ……………………………………………………………. 58818
9. MONIQUE DE JESUS COSTA RODRIGUES………………………………………………………. 43073
"“Temos um ministro da Defesa que fica na história de Portugal, porque nunca veio visitar os Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Ainda esta semana entregámos Marinha o segundo navio patrulha e este ministro não teve a dignidade de vir ver a excelente obra que nós construímos aqui”, afirmou à Renascença António Costa, porta-voz comissão de trabalhadores.
“É uma vergonha ter um ministro em Portugal, o Sr. José Pedro Aguia-Branco, que conhece bem Viana do Castelo e não tem a dignidade de vir falar com os trabalhadores”, rematou durante a concentração nocturna à porta dos estaleiros.
Mais de 200 trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) vão perder o emprego, em resultado da subconcessão a um grupo privado.
O Estado vai despedir os actuais 609 funcionários até Janeiro de 2014 e a Martifer, que ganhou a subconcessão dos terrenos e infra-estruturas dos ENVC, compromete-se a contratar 400 pessoas nos próximos três anos. O processo vai custar 30 milhões de euros em indemnizações."
"Comissão de Utentes, União de Sindicatos de Braga e Câmara Municipal de Vizela vão entregar esta tarde ao Chefe da Repartição de Finanças local uma carta reivindicativa a reclamar a continuidade dos serviços em Vizela."
- Oportunidade perdida para unir todas as forças políticas "termais".
- Da importância de enviar missiva e contactar os grupos parlamentares e o governo para esta possibilidade(fim da repartição de finanças).
Papa Francisco: "o sacerdócio está reservado aos homens, como um sinal de Cristo esposo que se entrega na Eucaristia", uma questão "que não se discute".
- Conclusões
(...)No atual contexto, sabemos que as contradições colocadas pela Zona Euro à periferia europeia não encontram em Portugal o seu expoente máximo. Todavia, tal constatação não deve traduzir-se em maior tibieza por parte da esquerda portuguesa. Pelo contrário, num quadro em que a diabolização da opção soberana tenderá a crescer no espaço público, até na proporção em que a sua popularidade for crescendo, é decisivo que a esquerda nacional consiga construir uma robusta plataforma política soberana para o país que responda aos desafios políticos que se colocarão à União Europeia no futuro, sejam eles produto de uma correlação de forças sociais favorável em Portugal ou em qualquer outro país da periferia Europeia.
Uma Europa solidária de esquerda implica por isso a ativa mobilização contra uma integração europeia em cujo centro está a neoliberalização assimétrica do espaço europeu. Assim, a campanha de uma força de esquerda que queira ser portadora de um projeto de esperança para os que aqui vivem tem de saber articular três grandes linhas: desobediência e recusa das perdas passadas e futuras de soberania, porque quem manda aqui é o povo português; renegociação da dívida, porque esta foi o produto de uma integração disfuncional e constitui um fardo intolerável; e exigência de saída do Euro, porque é a única forma de recuperarmos os instrumentos de política sem os quais não existe a escolha de que é feita a soberania democrática"
Um novo partido não contribui para dividir mais a esquerda?
(...)Um novo partido pode contribuir para dizer algumas coisas que têm faltado no discurso à esquerda, pode contribuir para clarificar o ambiente e até ajudar a criar convergências à esquerda. Se esse novo partido tiver mecanismos de democracia interna que têm faltado noutros partidos, pode contribuir para um entendimento à esquerda. Se trouxer gente que não está na política e está frustrada porque ela não avança, está a contribuir para puxar a governação para a esquerda que é, do meu ponto de vista, o essencial desta gente que está no meio da esquerda. Uma esquerda em que está cada um a puxar por uma ponta, um bocadinho como a alavanca do Arquimedes, não sai do sítio. Como dizia Arquimedes: "dêem-me um ponto de apoio e eu levanto o mundo". E isso já temos: é uma maioria sociológica de esquerda.(...)
À Mesa Nacional
Caros camaradas,
Demito-me do Bloco de Esquerda, a organização política que muito prometia - e cumpriu até 2009- nos primeiros anos de existência, mas, hoje, deixa muito a desejar em termos de: funcionamento organizativo (roça o centralismo democrático), deficitária actividade em políticas municipais/regionais, excessiva concentração de trabalho político no grupo parlamentar e falta de vigor na construção de uma unidade de esquerda para governar o país. O seu enconchamento e sectarismo fez cair uma oportunidade.
Sem mais,
José Manuel Faria nº 364 (aderente)
"Às vezes esqueço-me disto. Mas sempre que me lembro e posso, maravilho-me a ver como esta inacreditável fauna humana germina. Sento-me num café e fico uma hora inteira a ver passar na rua as trinta mil pessoas da cidade. Convencidas, vencidas, alegres, tristes, inquietas, calmas, seguras, inseguras, deslizam como imagens num écran. Naquele momento, dir-se-ia que cada uma concentra em si o destino do mundo. E, afinal, um segundo depois, não fica no seu caminho o mais leve sinal de tanta significação que parecia ter. Representou apenas um papel semelhante ao daqueles protagonistas das tragédias e comédias contadas num jornal que a criada amarrota, mete no fogão e queima.
Miguel Torga, in "Diário (1940)""