Papa Francisco: "o sacerdócio está reservado aos homens, como um sinal de Cristo esposo que se entrega na Eucaristia", uma questão "que não se discute".
- Conclusões
(...)No atual contexto, sabemos que as contradições colocadas pela Zona Euro à periferia europeia não encontram em Portugal o seu expoente máximo. Todavia, tal constatação não deve traduzir-se em maior tibieza por parte da esquerda portuguesa. Pelo contrário, num quadro em que a diabolização da opção soberana tenderá a crescer no espaço público, até na proporção em que a sua popularidade for crescendo, é decisivo que a esquerda nacional consiga construir uma robusta plataforma política soberana para o país que responda aos desafios políticos que se colocarão à União Europeia no futuro, sejam eles produto de uma correlação de forças sociais favorável em Portugal ou em qualquer outro país da periferia Europeia.
Uma Europa solidária de esquerda implica por isso a ativa mobilização contra uma integração europeia em cujo centro está a neoliberalização assimétrica do espaço europeu. Assim, a campanha de uma força de esquerda que queira ser portadora de um projeto de esperança para os que aqui vivem tem de saber articular três grandes linhas: desobediência e recusa das perdas passadas e futuras de soberania, porque quem manda aqui é o povo português; renegociação da dívida, porque esta foi o produto de uma integração disfuncional e constitui um fardo intolerável; e exigência de saída do Euro, porque é a única forma de recuperarmos os instrumentos de política sem os quais não existe a escolha de que é feita a soberania democrática"