(...) O que é que muda entre 2009 e 2011?
O governo deixou de ter maioria absoluta. Muitos socialistas entenderam que a coerência do BE, ao continuar a votar contra os PEC e a austeridade, estava a facilitar o jogo da direita. E há muitos socialistas que, ainda hoje, não aceitam que tenhamos feito isso. Há uma área socialista que perdeu confiança no BE. Isso justifica a perda de votos, tanto mais que nesse período, na aparência, o BE faz duas coisas contraditórias: apoia o Manuel Alegre e apresenta uma moção de censura. Do nosso ponto de vista fez todo o sentido, mas foi percebido como contraditório.(...)
Não há diálogo possível?
Tem de disputar-se a hegemonia política que o PS tem hoje em segmentos importantes da sociedade. O BE existe para isso. Não basta o BE e é preciso um BE maior, seguramente. A única solução para esse problema é deslocar o eixo de uma alternativa de esquerda.(...)
É inviável uma coligação do BE com este PS em 2015?
Bom, não sei como é que o PS chegará a 2015. Mas se o PS não abandonar, no plano interno e europeu, as políticas que constituem o edifício do Tratado Orçamental e do Tratado de Lisboa, é impossível entendermo-nos. E essa é uma opção de fundo. É por isso que nós contestamos o que diz Rui Tavares. Rui Tavares acha que é preciso ir governar com o PS. Nós não dizemos isso e não aceitamos isso. Governar com o PS é ir governar com a política do PS.(...)
O BE tem tido muitas saídas ao longo dos anos. A mais recente foi a de Ana Drago, que saiu da direcção. Que impacto é que essas saídas tiveram?
Não podemos valorizar, dentro e fora do BE, a pluralidade e depois não querer pagar o preço que essa pluralidade tem. Acho que tudo isso são elementos naturais da vida do BE, são momentos na vida de um partido e nada mais do que isso. Recentemente, em relação à Ana Drago, disse que são acidentes de percurso - isto não é desvalorizar o episódio, nem a pessoa. Eu pensei tantas horas nos argumentos da Ana Drago como ela. Agora, ela tem uma opinião, eu tenho outra, nada muda na opinião que tenho dela, e penso que nada muda na opinião que ela tem sobre mim. A Joana Amaral Dias é militante do Bloco, muitas vezes discorda, é verdade, mas se discordasse mais já não era militante. O Sá Fernandes e o Rui Tavares nunca foram militantes, não têm nenhum compromisso, estiveram com o BE e deixaram de estar. Aprendemos? Claro que aprendemos, esperamos que eles também tenham aprendido. Tenho muita pena que o Daniel Oliveira tenha saído do BE e acho que um dia se vai arrepender. O Daniel saiu a partir de uma construção caricatural do BE, que a própria vida veio demonstrar que não era verídica. Os argumentos que ele invoca não são razoáveis. A Ana Drago é uma situação diferente. Não tem razão: a Ana Drago considera que o BE não esteve bem neste processo da convergência e eu acho que fomos aos limites do razoável. Ela acha que eu estou enganado, mas há uma diferença: a maioria da direcção tem a minha opinião e é assim que se resolvem as coisas no Bloco. Mas acho que isto não vai alterar em nada a relação da Ana Drago com o BE.(...)
Não sente a sombra do antigo líder?
Eu sou amigo pessoal do Francisco, converso com o Francisco, mas ele não tem nenhum papel permanente de direcção. A coordenação é uma responsabilidade que já não é dele. Ponto final, parágrafo. E ele aceita isso perfeitamente. Aliás, era só o que faltava que não aceitasse, foi ele que quis sair, ele assumiu isso. Ao Francisco não falta o que fazer, nem politicamente, nem academicamente. É uma grande figura da política portuguesa e da esquerda portuguesa e as grandes figuras em geral são tão grandes que nem sombra fazem.(...)
"Perante a recente e dramática evolução da situação na Ucrânia, o PCP expressa a sua condenação pelo autêntico golpe de estado levado a cabo pelos sectores mais reaccionários da oligarquia ucraniana com o apoio do imperialismo, após meses de desestabilização e de escalada de violência, desencadeadas após o anúncio da suspensão da assinatura do acordo de associação com a União Europeia em Novembro passado.
Os acontecimentos evidenciam a instrumentalização por parte das potências imperialistas da NATO – concertadas com as classes dominantes na Ucrânia – do profundo descontentamento acumulado entre os trabalhadores e amplas camadas da população, resultante do desastre social e económico da restauração do capitalismo na Ucrânia nas últimas duas décadas.
O PCP denuncia e condena a brutal ingerência e desestabilização dos EUA, da UE e da NATO na situação interna da Ucrânia que – promovendo e apoiando as forças de extrema-direita, neonazis e xenófobas e fomentando o exacerbar de tensões, de divisões e clivagens –, visa assegurar o domínio político, económico e militar deste imenso país, de forma a avançar na sua escalada de tensão e estratégia de confronto com a Federação Russa, realidade que representa uma acrescida ameaça à segurança e à paz na Europa e no Mundo.
O PCP alerta para o real significado e perigos que representam o avanço das forças de extrema-direita e de cariz fascista e neonazi na Ucrânia – no que constitui uma séria ameaça à democracia, aos direitos e liberdades e à própria integridade e soberania do país –, assim como chama a atenção para projectos que a pretexto da “ajuda externa” procuram impor gravosas condições económicas e políticas.
O PCP denuncia e rejeita a campanha e as acções anticomunistas e expressa a sua mais veemente condenação dos ataques perpetrados contra os militantes, dirigentes e sedes do Partido Comunista da Ucrânia, assim como das tentativas para limitar ou mesmo ilegalizar a actividade do Partido Comunista da Ucrânia.
O PCP reafirma a sua solidariedade aos trabalhadores e ao povo ucraniano, assim como ao Partido Comunista da Ucrânia e a todos os militantes e simpatizantes comunistas ucranianos e à sua luta em prol da paz, do bem-estar social, da soberania e independência da Ucrânia."
A casa do presidente da Ucránia:
Melhor Filme:
"12 Years a slave";
Melhor realizador:
"American Hustle", Por David O. Russell;
Melhor Actor:
Bruce Dern, em "Nebraska";
Melhor actriz
Cate Blanchett, em "azul jasmim";
Melhor actor secundário:
Michael Fassbender, em "12 Anos a Slave";
Melhor actriz secundária:
Julia Roberts, em "August: Osage County";
Melhor argumento adaptado:
"12 Anos a Slave", Por Escrito John Ridley;
Melhor argumento original:
"Her", Escrito por Spike Jonze;
Melhor fotografia:
"Nebraska", Phedon Papamichael;
Melhor banda sonora original:
"A Canção da Lua" de "Her";
O trabalho de contar uma história pode ser incrivelmente penoso. Todas as perguntas que assolam o escritor: a maneira de contar, a razão para contar a história, quem a quererá ouvir. É este o foco principal deste filme de esperança, solidão, desespero, procura, a procura incansável de uma mãe por um filho. Ao fim de 50 anos a esperança não envelhece nem morre, muito menos. A história é a de Filomena, uma velha senhora irlandesa, solene na forma de andar, no semblante e encantadora na maneira de falar. Excessivamente humana, apesar da anca de titânio (para não enferrujar) que carrega, para ela todas as pessoas são boas e especiais por natureza e isto só lhe confere mais charme, fazendo com que nos afeiçoemos a ela e soframos com ela ao longo do tempo.
De Stephen Frears
O elenco:
Judi Dench, Steve Coogan, Sophie Kennedy Clark.
Francisco Assis:"A minha candidatura é evidentemente do bloco central e estruturante da esquerda portuguesa".
- Uma candidatura abrangente do centro/direita à esquerda: quer dizer que Assis é pró/austeridade e defende o pacto orçamental, Assis é todo "laranja", laranja moderna. Assis quer ser o Rangel de 2009.
«Golpada Americana» ***(3º)
«Capitão Philips»***(6º)
«O Clube Dalas»**(7º)
«Gravidade»
«Her»***(5º)
«Nebraska»****(2º)
«Philomena»***(4º)
«12 anos Escravo»- Óscar****(1º)
«O Lobo de Wall Street»*(8º)
Num futuro não muito distante, Theodore, um escritor solitário, adquire um novo sistema operativo projetado para corresponder a todas as necessidades do utilizador. Para sua própria surpresa, Theodore vê-se a desenvolver uma relação romântica nada convencional com esse mesmo sistema operativo.
Um argumento original.
Quatro comentadores (semanais) residentes das televisões nacionais: Marcelo (Tvi); Marques Mendes(Sic); Santana Lopes (Tvi24) e Morais Sarmento (Rtp) são delegados ao Congresso do Psd – todos “notáveis”- as suas intervenções mostraram o quanto o partido de Passos Coelho lhes é importante. Esta, é prova da falta de isenção (propaganda) destes analistas: as televisões ao serviço do Partido.
(...)dois pareceres do Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados que afastam a possibilidade de o vereador socialista conciliar o cargo de vereador, com competências delegadas ou subdelegadas, com o exercício da advocacia. André Castro começou por referir que “pareceres há muitos e para todos os gostos” e afirmou o que já havia dito à Rádio Vizela, ou seja, que já interpôs recurso para o Conselho Superior da Ordem dos Advogados. Defendeu também, e deu com exemplo, que não admitia outra decisão como aquela que foi tomada no caso de Guilherme Aguiar. André Castro disse acreditar que em breve o assunto ficará resolvido" (...)
"Só 39,3% dos inquiridos acreditam que há "propostas políticas credíveis que ponham fim à austeridade". Ou seja, a maioria, apesar de discordar do rumo seguido, não encontra nas propostas da oposição a solução para acabar com as duras medidas de austeridade que têm afectado milhões de portugueses".
A prova de que é urgente, a esquerda unir-se para apresentar propostas realistas/pragmáticas alternativas à austeridade que convencem os portugueses ou teremos a direita a sugar o povo por mais quatro anos: 2015/2019.