(...)"Do Bloco, os sinais são de uma disponibilidade condicional para encontrar denominadores comuns. Na última reunião da Mesa Nacional do partido, a ex-deputada Ana Drago avançou com uma proposta para que o BE se sentasse à mesa com o Livre, o movimento 3D e o PAN. Por dez votos (33 contra, 23 a favor), a proposta caiu. Pouco depois, João Semedo veio dizer que é preciso mais. "Não imagino uma alternativa de esquerda em Portugal sem o BE, mas também não imagino uma alternativa de esquerda sem o PCP", disse o coordenador do partido em entrevista à Antena 1. Esse posicionamento do BE não é, de resto, novo. No ano passado, o partido já tinha proposto "rondas de negociação" com o PS e o PCP para chegar a um programa de governo de esquerda. Sem sucesso.
Além do "como" está ainda por esclarecer o "quando". E, aí, a realidade corre em contra-relógio. Daniel Oliveira fala no "início do próximo ano" como o momento-limite para que "haja uma candidatura que represente as pessoas à esquerda do PS". Para Rui Tavares, o calendário é mais apertado, até porque a pressão voltou a subir nas últimas semanas, com os ataques do governo ao Tribunal Constitucional (TC) após o chumbo a três normas do Orçamento do Estado."