"A mesa nacional do Bloco de Esquerda (BE) aprovou a criação de uma Comissão Permanente que terá como porta-voz única a até agora coordenadora Catarina Martins e termina com a coordenação bicéfala.
João Semedo deixa de ser coordenador do BE, mas continua como dirigente e deputado.
Do novo órgão fazem parte Pedro Filipe Soares (moção,E) (também líder da bancada parlamentar), Pedro Soares (moção U), Joana Mortágua (Moção E), Adelino Fortunato (Moção B) e Nuno Moniz (Moção R). A criação deste novo órgão foi aprovada na reunião da mesa nacional do Bloco de Esquerda em Lisboa, uma semana depois do congresso em que as duas principais candidaturas tiveram a mesma votação."
- Francisco Assis declina convite para integrar os órgâos nacionais (CNacional e CPolítica) por divergências ideológicas e de estratégia política. Defende Coligação com o PSD.
Os promotores da Convenção para uma candidatura cidadã às eleições legislativas de 2015 e subscritores iniciais da sua convocatória reuniram no dia 29 de novembro de 2014 para dar início aos trabalhos preparatórios da Convenção. Aprovaram as normas orientadoras da preparação da Convenção, decidiram a sua organização em grupos de trabalho, elegeram um secretariado e um grupo de coordenação programática e marcaram nova reunião para dia 24 de janeiro para aprovação das propostas que sujeitarão à discussão na Convenção. Decidiram ainda lançar um processo democrático de escolha do nome, a propor à convenção, e que se concluirá no dia 8 de dezembro.
O tempo é de mobilização, não de demissão nem de alheamento da política. Perante as fragilidades das instituições económicas, políticas e jurídicas da sociedade portuguesa, lutamos pelo reforço do princípio constitucional da separação de poderes, bem como por assegurar os direitos, as liberdades e as garantias dos cidadãos. Pugnamos pela igualdade perante a lei e pela justiça social. Não aceitamos a captura do estado por interesses privados, nem a banalização da falta de transparência, do abuso de poder e da corrupção. Orgulhamo-nos da Constituição da República Portuguesa e nela encontramos os princípios fundamentais para a construção de uma sociedade justa e de futuro. Fazemos da sua defesa e da sua efetivação uma razão de ser da nossa intervenção cidadã. A crise da democracia só se resolverá com uma democracia de maior intensidade. É também para isso que cá estamos.
É a resposta democrática de quem não se conforma com os modos habituais da política e com os bloqueios do atual quadro partidário. É a resposta de quem quer construir um programa e um mandato claro para a governação, que não escamoteie os constrangimentos internos e externos que terão de ser enfrentados por uma nova maioria de governo, nem as escolhas difíceis que se perfilam. Um mandato para cumprir a Constituição não só como repositório de direitos, mas como horizonte de progresso. Uma resposta em que o Estado Social de Direito prevaleça contra a dívida e não se submeta à austeridade, à desvalorização do trabalho e à perda de direitos sociais inscritas no Tratado Orçamental e nas atuais políticas europeias.
A Convenção, cuja preparação agora se inicia, será aberta à participação de todas e todos que subscrevam a sua convocatória. Incumbe à Convenção: (a) definir os princípios programáticos da candidatura cidadã;
(b) organizar o processo deliberativo aberto de construção do seu programa eleitoral; (c) aprovar o regulamento das eleições primárias abertas para constituição das listas candidatas; (d) eleger os coletivos de coordenação da candidatura cidadã.
A Convenção para uma Candidatura Cidadã, a realizar a 31 de janeiro de 2015, em Lisboa, será o início de um processo político que tem por objetivo ganhar o país para um programa transformador, pôr termo à violência antissocial da direita e conseguir uma maioria parlamentar e um novo governo que não se submetam à austeridade e ao empobrecimento. Que dignifiquem a democracia e façam da igualdade o eixo central de um novo contrato social e a alavanca para um novo modelo de desenvolvimento.
O tempo é escasso até à Convenção. É preciso aproveitá-lo, mobilizando vontades, construindo coletivos locais, discutindo linhas programáticas e modos de intervenção política, organizando a participação na Convenção. É tempo de avançar.
Os Promotores da Convocatória 29 de novembro de 2014
NOTA: os documentos aprovados estarão disponíveis no site em breve.
Na reunião de domingo da Mesa Nacional, Semedo/Catarina serão eleitos líderes da Comissão Politica, os restantes membros serão todos da Moção E e U. Os eleitos das Moções B e R (11) constituirão a oposição interna.
No momento histórico que estamos a viver temos de construir respostas cada vez mais necessárias para responder à vida das pessoas. O processo começa agora. O que foi hoje lançado é um apelo, uma convocatória. Pode ser diferente. É dizer às pessoas que não se têm revisto nos partidos que existem no espetro politico que este é o momento de assumir responsabilidade e pode ser diferente", Ana Drago sobre a Convocatória Tempo de Avançar.
A maioria parlamentar PSD/CDS-PP descreveu o Orçamento de Estado de 2015 como um orçamento que “é melhor para as famílias, para as empresas e para os contribuintes”. No entanto, nesta segunda-feira, chumbou duas propostas dos partidos de esquerda, PS e BE, que previam a suspensão das penhoras e vendas de imóveis para compensar dívidas ao Fisco. Recentemente o país acompanhou o caso de uma família sem posses, com uma história de desemprego, a quem o fisco penhorou a casa por uma dívida fiscal de 1900 euros. O Estado, que o governo gosta de dizer que somos todos nós, não atendeu a esta família cujo despejo só foi evitado por um grupo de cidadãos que solidariamente se encarregou do pagamento da dívida fiscal.
O LIVRE defende que:
- Sejam suspensas as penhoras e vendas executivas de imóveis por dívidas fiscais em caso de morada de família, imóvel de valor abaixo de 200 mil euros ou de uma família com membros desempregados. - Renegociação da dívida fiscal, sem juros, no caso das famílias em que a casa seja o único bem disponível para pagamento da dívida fiscal. - Planos especiais de pagamento em 120 prestações para as famílias em que a casa da família seja o único bem penhorável. Um Estado digno desse nome não pode colocar os interesses financeiros à frente dos interesses básicos dos seus cidadãos. O LIVRE opõe-se liminarmente aos despejos de famílias que não tenham possibilidade de encontrar um local para habitar. Mais do que palavras bonitas e boas intenções, é necessário que sejam tomadas medidas concretas na defesa dos cidadãos mais desprotegidos. Assim, o Orçamento de Estado para 2015 agora aprovado é não só uma oportunidade perdida, como um ataque frontal aos direitos ainda existentes.
As famílias de que falam os políticos da maioria nos seus discursos não são, infelizmente, as famílias reais.
Todas as manhãs, mais de um milhão de pessoas para para ouvir o programa «Manhãs da Rádio Comercial». Vanda Miranda, a voz feminina da equipa que nos faz feliz, sabe tão bem porquê. O facto de ser a única mulher entre homens, como Pedro Ribeiro, Nuno Markl, Vasco Palmeirim e Ricardo Araújo Pereira, não preocupa a radialista, uma das mais famosas do país. «Sempre me senti à vontade no meio masculino», assume a animadora de 42 anos."
"O primeiro-ministro de Timor-Leste afirmou hoje que a visita do ministro da Defesa português a Díli mostra as boas relações existentes entre os dois países."
"Entre as principais mudanças, destacam-se a aprovação, por maioria dos delegados presentes, da eleição da Comissão Política pela Mesa Nacional seguindo o "princípio da paridade 50/50 e tendo em conta a proporcionalidade dos resultados eleitorais das diferentes moções apresentadas à Convenção Nacional"
- A constituição na base da proporcionalidade (militantes eleitos das várias moções) da Comissão Política é uma boa medida, agora, obrigar a CP, a ter tantos militantes homens como mulheres é um exagero do "politicamentecorrecto" que pode suscitar a aplicação do "princípio de peter" a alguns membros do importante órgão.