(...) Vamos imaginar que muitos dos colégios deste grupo não foram construídos apesar de haver oferta suficiente nessas áreas para integrar todos os alunos na escola pública. Que ao lado destas parcerias público-privadas não existem excelentes escolas a meio gás, com dezenas de professores em horário zero. Que o facto do Grupo GPS ter à cabeça António Calvete, ex-deputado do PS que integrou a comissão parlamentar de Educação no mandato de António Guterres, não tem qualquer relação com a facilidade com que o seu império se expande.
Vamos imaginar que o facto do ex-Secretário de Estado da Administração Educativa de Santana Lopes, José Manuel Canavarro, e do antigo Director Regional de Educação de Lisboa, José Almeida, terem sido contratados pelo grupo após cessarem as respectivas funções, depois de terem negociado, em 2005, um aumento do financiamento público dos colégios do grupo GPS, é pura e simplesmente irrelevante. Isto apesar de terem dado luz verde para a construção de quatro novos colégios GPS quando o governo de Santana Lopes estava em gestão e a apenas cinco dias das Legislativas.(...)