30/09/2016--TV-RTP-3-- Imagens do Conselho de Estado realizado ontem : Com poucas excepções (refiro-me a Ramalho Eanes e talvez outros que não vi nas imagens), a pior escumalha estatal existente em Portugal, e entre elas os novos Conselheiros, Domingos Abrantes e Francisco Louçã !(...)
(...) CarlosCosta:
- filme belo e perturbador.Diva versus toxicodependente: relação edipiana. ****
"(...)A líder do Partido Socialista (PS) na AMV, no período destinado à intervenção dos deputados, foi quem lançou a bomba. “Vizela não se pode desenvolver à custa da opinião de alguns, nem pode florescer se tomarmos decisões que não ouvem o povo, mas sim alguém que quer falar por ele”, disse Agostinha Freitas, abrindo, desta forma, caminho para a moção de censura que viria a ser apresentada.
“Considera esta Assembleia de bom-tom, além de uma descarada violação do protocolo, que na visita do senhor Ministro da Economia a terras termais não tenha sido convidado nenhum membro desta Assembleia. E já nem digo os líderes ou os senhores deputados, mas nem o presidente da Assembleia Municipal?! E relativamente aos vereadores da Câmara, só lá estavam dois?! Eu olho para ali [mesa onde se encontrava o Executivo PS e os vereadores] e conto pelo menos cinco, fora aqueles que foram eleitos e não estão ali [referindo-se a Miguel Lopes que não se encontrava na sessão]. Os senhores presidentes da Junta também não foram convidados?! Estranho. É que olhando para as fotografias fico em crer que (…) os eleitos do poder Executivo desta cidade foram afinal as pessoas que fazem parte dos gabinetes e mais um conjunto de pessoas escolhidas segundo um critério que eu não consigo entender e que não faz qualquer sentido”.(...)"
(...)“O concelho de Vizela recebeu a visita do Ministro da Economia (…) lamentavelmente, e não obstante de se tratar de uma visita oficial de um membro do Governo e de cariz político-municipal, o senhor presidente da Câmara, na mesma linha de anteriores decisões, decidiu não convidar para o referido ato qualquer vereador - a não ser aqueles que tenham pelouros atribuídos -, qualquer membro da Assembleia Municipal, nem sequer o senhor presidente da Assembleia, qualquer presidente de Junta ou qualquer membro das Assembleias de Freguesia”. Segundo a moção lida por Agostinha Freitas, “o senhor presidente da Câmara transformou a visita oficial do Ministro da Economia num ato exclusivamente de cariz político-partidário no âmbito do qual apenas participaram os membros do Executivo em funções e de membros dos gabinetes de apoio da autarquia”.(...)
(...) Fernando Carvalho, presidente da AMV, decidiu que a mesa aceitaria a moção e decidiu colocar à consideração dos deputados a votação da mesma. Com isto, a moção acabou por “morrer na praia”, já que a coligação PSD/CDS-PP, a CDU e Armando Silva – deputado socialista – votaram contra a votação da moção. Os restantes membros do PS votaram a favor."
O sol resplandecia sobre Lisboa, aquecendo-a e doirando-a. São palavras roubadas a um trecho das memórias de Raul Brandão – mas é assim exactamente que me lembro desse verão de 1974. Não tenho memória de um único dia de chuva nesses meses de Julho a Outubro em que estive de passagem pelo ‘rectângulo’ num caminho que levava de Nampula a Madrid.
Terminara em Maio a minha comissão militar na Pérola do Indico. O dia 25 de Abril, para mim e para muita gente em Moçambique, foi no dia 26. Na noite desse dia ouvi muito à puridade, num botequim de Montepuez, chamado à parte por um oficial do corpo de Comandos, a proclamação da Junta de Salvação Nacional, como se fosse um segredo militar.
A notícia era talvez fragorosa demais para uns delicados ouvidos estrangeiros: o ‘nosso’ General Spínola tinha tomado o poder em Lisboa. Aleluia!
Estava connosco C. F. Spence, um homem de negócios inglês, veterano conhecedor da África Austral que viveu muito tempo em Lourenço Marques (tenho aqui o exemplar que me ofereceu do seuMoçambique, East African Province of Portugal, com a sua dedicatória ao Alferes de então, numa caligrafia muito legível e em português correcto.) A notícia era talvez fragorosa demais para uns delicados ouvidos estrangeiros: o ‘nosso’ General Spínola tinha tomado o poder em Lisboa. Aleluia! Mas ainda não se sabia bem o que se passava.
Desembarquei em Lisboa a 22 ou 23 de Junho, com a chegada do verão desse Outono português. Durante as semanas que se seguiram não falei com muita gente. Passei-a maior parte desses dias na companhia do meu amigo Manuel Maria Múrias, dedicados ambos a uma única conspiração: a de publicar um jornal de ‘intervenção’, que só começou a sair em Setembro, o Bandarra, a que pusemos com mais fé do que excessiva esperança o subtítulo ambicioso de ‘o combate do futuro’.
Foi na salinha pequena de uma casa alugada em Cascais para passar o mês de Agosto que o Manuel Maria nos leu ainda escrito à mão na sua letra redonda e regular o artigo ‘O discurso de Marco António’, que daria brado. Comoveu-nos. (Éramos assim em 1974.) Foi pretexto depois para um dos mais caricatos episódios da tragicomédia do 28 de Setembro.
Manuel Maria Múrias (1928-2000) foi um jornalista nacionalista e conservador que, antes do 25 de Abril, chegou a director da RTP e, depois, ajudou a fundar o jornal Bandarra, foi preso no 28 de Setembro, libertado apenas em Dezembro de 1975, fundou depois o semanário A Rua. Como director deste jornal foi inúmeras vezes processado por abuso de liberdade de imprensa, tendo sido o único jornalista português que cumpriu prisão efectiva, desde a revolução, a ter cumprido pena de prisão efectiva ao abrigo da lei da imprensa.
Começava desta maneira: ‘Frontaria da Assembleia Nacional. Manhã cinzenta e triste. A multidão sussurrante transborda do grande largo. Trazendo nos braços um corpo exangue, Marco António surge no topo das escadarias. Arenga ao povo. – Amigos, portugueses, compatriotas: Trago-vos Portugal nos braços. Venho para os seus funerais – e não para o louvar. O mal das pátrias sustenta-se além da morte. O bem enterra-se com elas.(…) Seja assim com Portugal. Os drs. Mário Soares, Álvaro Cunhal e Sá-Carneiro (três honradíssimos cidadãos) permitiram que vos falasse. Disseram eles que a nossa Pátria, em oito séculos de história, quase só se portou mal. Reconheçamo-lo contritamente sem discutir: – os drs. Mário Soares, Álvaro Cunhal e Sá-Carneiro são três grandes personalidades que nos restituíram a liberdade. Quem somos nós para os contestar?’
A batalha contra a ‘descolonização exemplar’ já estava nesse verão quase definitivamente perdida e a luta contra a sovietização do que restava de Portugal talvez pareça hoje uma curiosidade supérflua.
NaNquela altura já tinha havido o caso Palma Carlos, primeiro-ministro do primeiro Governo Provisório, que se demitiu depois de declarar perante o Conselho de Estado: ‘Não que dmitiu depois de declarar perante o Conselho de Estado: ‘Não quero morrer como traidor à Pátria.’ Spínola era Presidente da República. Por sua vontade expressa, Álvaro Cunhal fizera parte desse primeiro governo provisório. Contra a sua vontade, o Coronel Vasco Gonçalves, a quem toda a gente atribuía simpatias comunistas (havia mesmo quem jurasse a pés juntos que tinha visto o seu cartão de membro do Partido… ) foi nomeado para o lugar de Palma Carlos.
A Reorganização Administrativa do Território das Freguesias ditou a junção de Tagilde e Vizela (S. Paio), mas desde o início que foram várias as vozes que mostraram descontentamento com esta agregação.
A Assembleia de Freguesia de Tagilde e Vizela (S. Paio) vai enviar uma carta para a Assembleia da República para pedir a desagregação das duas freguesias. O assunto foi levantado ontem por Fátima Coelho, a presidente da Assembleia de Freguesia, que quis ouvir a opinião dos deputados sobre a matéria.(:::)
(...)
Em declarações à Rádio Vizela, a deputada da coligação entende que “se a população [num referendo] disser que não quer a agregação das freguesias, como tivemos nos últimos três anos, obviamente que terei que salvaguardar os interesses da população quer de Tagilde quer de S. Paio”.
O envio da carta para a Assembleia da República foi votado na Assembleia de Freguesia e contou com os votos a favor do PS e o voto contra da coligação PSD/CDS-PP.(...)
ps: O povo é quem mais Ordena. Referendo, obviamente!
GPA: Grupo Parlamentar de Amigos.
Amigo de inimigos?
A composição de alguns dos GPA também é curiosa. Se ao PSD de Passos Coelho é atribuída uma forte relação política com a chanceler da Alemanha, o presidente do grupo de amizade com este país é o socialista Pedro Delgado Alves. No GPA com a China - país de alguma forma criticado pelos investimentos feitos em Portugal no anterior governo -, o BE está ausente e é a secretária-geral adjunta do PS e deputada Ana Catarina Mendes quem assume a sua presidência.
O BE está igualmente ausente do GPA com Cuba - liderado pelo comunista António Filipe, e onde também se integra Heloísa Apolónia, do PEV -, ou com os EUA, presidido por Lara Martinho (PS), e que conta com António Filipe na sua composição, bem como com o Irão (gerido pelo social-democrata Adão e Silva e vice-presidido pela socialista Joana Lima).
No GPA com a Grécia, o BE preside (José Manuel Pureza) e as vice-presidências estão entregues a Inês Domingos (PSD) e a Sofia Araújo (PS), enquanto com a Palestina é Bruno Dias (PCP) quem lidera, contando ainda com a presença de deputados do PS, BE, CDS-PP e PEV.
Já com a Rússia, não é o PCP que naturalmente preside, mas sim Luísa Salgueiro, do PS, com as vice-presidências entregues a António Topa (PSD) e Paulo Sá (PCP). Só o CDS-PP acompanha estes partidos neste GPA.
Na amizade com Timor-Leste, estão todos os partidos parlamentares - excluindo naturalmente o PAN, como atrás referido -, à semelhança do que sucede com a Venezuela, presidido pelo BE.
Por fim, a criticada entrada da Guiné-Equatorial para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 2014 já gerou um GPA, presidido por Pedro Alves (PSD), com as vice-presidências entregues a José Manuel Carpinteira (PS) e Abel Baptista (CDS-PP). O PSD e o PS distribuem-se igualmente pelos outros oito lugares deste grupo de amizade."
Eu quero receber o dinheirinho que CMV me roubou : a taxa de rampa.
Post escrito no momento: 31/03/2007