Oeiras aliás, com Isaltino de Morais, é um dos casos com dissidências já antigas, a par de Gondomar, com Valentim Loureiro. Dois casos laranjas em que o PSD de Marques Mendes argumentou, em 2005, que não poderia apoiar candidatos envolvidos em processos judiciais.
Mas também há dissidências recentes, muitas relacionadas com o regresso de dinossauros impedidos em 2013 de voltarem a concorrer devido à lei da limitação de mandatos. São candidatos que querem regressar a lugares que foram entretanto ocupados por outros e encontraram alternativa nos grupos de cidadão eleitores.
É o caso por exemplo de Rondão de Almeida, do Partido Socialista, que durante duas décadas foi o homem do leme da câmara de Elvas. Há quatro anos a lei impediu-o de candidatar-se de novo à presidência, coisa que queria fazer agora. O PS recusa o apoio, até porque ganhou a câmara em 2013, com Nuno Mocinha, pelo que Rondão Almeida avança agora como independente.
Nas contas do DN, os distritos mais férteis em candidaturas de cidadãos são os do Porto com nove (das quais apenas duas se podem considerar realmente independentes), e Leiria e Braga, com oito. Em Braga há um movimento de cidadãos e sete dissidentes de partidos, a maior parte do PS; em Leiria, o cenário é menos desequilibrado: metade são independentes. A outra metade tem origem partidária.
Entre os movimentos independentes mais relevantes está o de Rui Moreira no Porto. A outra única capital de distrito com um presidente independente é a de Portalegre, com Adelaide Teixeira.