O Partido Socialista (PS) Vizela emitiu um comunicado onde afirma que, ao longo da campanha se “empenhou em mostrar que é possível recuperar a confiança dos Vizelenses no PS, como partido capaz de fazer mais e melhor por Vizela”.
Visa aqueles que dizem se terem servido do poder “para ocupar cargos no poder local para satisfazer clientelas e interesses particulares” para afirmar que o PS Vizela “é hoje um partido onde se respira democracia”, que se abriu à sociedade integrando nas suas listas pessoas às quais reconhece “grande valor, do melhor que Vizela tem e que sempre defenderam a restauração do concelho de Vizela”, lê-se.
Definindo-se como uma equipa “apta para governar com eficácia, competência, rigor e transparência”, diz que foi elaborado um programa eleitoral “centrado nas pessoas, com propostas credíveis e exequíveis” apresentado em todas as freguesias.
Depois, visa os que apelida de “ex-socialistas”, afirmando que estes se encontram “desorientados e desesperados” quando afirmam que “é preciso terminar com o reinado do PS em Vizela” mas que “continuam hipocritamente a integrar o Grupo Municipal do PS na Assembleia Municipal”, lê-se no comunicado. Mas não se fica por aqui. O PS Vizela critica “os ex-socialistas de Vizela que se dizem independentes” que afirmam que a candidatura de João Ilídio Costa está sozinha “quando na verdade”, refere o comunicado, o PS “está acompanhado diariamente pelos fundadores do partido”. Recusa a afirmação de Victor Hugo Salgado, quando este afirmou que “as pessoas do PS estão a matar o PS”, garantindo que “todos os dias chegam à sede do partido o apoio de socialistas e simpatizantes que não se deixam enganar por palavras ocas”.
O PS Vizela adianta ainda que “os vizelenses perceberam que o argumento” usado para justificar a saída destes elementos do partido rosa “foi mais uma mentira que utilizaram”, isto porque, acrescenta a nota, “Dinis Costa dignificou o PS” porque cumpriu o que prometeu e “honrou a sua palavra”. Vai mais longe quando diz que Vizela já percebeu que “Victor Hugo Salgado faz de conta que é candidato à Câmara” uma vez que por trás de si “tem Francisco Ferreira” e refutam a acusação de integrarem nas suas listas elementos ligados a outras forças partidárias, devolvendo ao Movimento Vizela Sempre essas considerações.
As críticas prosseguem e o PS refere que, após a divulgação dos rostos que integram a lista independente, se ficou a saber “que os que saíram do PS foram os que chegaram ao partido para se servir dele, ocupando cargos no poder local de forma a satisfazer clientelas e interesses pessoais e particulares, que fizeram construções em terrenos classificados como reserva agrícola e reserva ecológica e sem licença”. O PS refere que o Município foi lesado “em centenas de milhares de euros no loteamento de Bouçós, em Infias, porque a Câmara, à altura presidida pelo Dr. Francisco Ferreira, não registou os seis lotes dados para garantia da regular execução das obras de urbanização”, lê-se.
Os socialistas voltam a acusar Joaquim Meireles de ser contra a integração de Santa Eulália no concelho de Vizela, realçando sim o papel contrário de Carlos Alberto Costa, candidato do partido à Assembleia Municipal de Vizela.
A fechar a comunicação refere o PS Vizela que o Movimento “passa o tempo a ameaçar pessoalmente, por telefone e por SMS” os seus candidatos e apoiantes e apelam à população para que “não se deixe intimidar nem acredite nos novos cantos da sereia”.
COMUNICADO
"Na qualidade de membro da lista do Partido Socialista candidata à Assembleia Municipal às próximas Eleições Autárquicas, venho tomar posição sobre um documento divulgado durante a passada noite, porta a porta, o qual traduz mais uma torpe e vil forma de fazer política que ilustra bem o carácter e idoneidade - ou falta dela - dos seus mentores.
Como é bom de ver, cumpre chamar a atenção para o facto de que ninguém assina uma carta que lhe é, simultaneamente, dirigida, a não ser como mera expressão de tomada de conhecimento, não tendo exprimido qualquer aceitação ou concordância da minha parte.
Sobre o teor dessa carta e sobre as circunstâncias e diferendos relativos às relações comerciais com a referida sociedade MOSTRATUS, reagi nas formas e meios que entendi mais adequados, tendo – designadamente – instaurado procedimento judicial contra a mesma, cuja ação foi julgada procedente em julho do presente ano.
A devassa a que o meu passado tem sido sujeito evidencia bem o desespero de certos adversários políticos, que não se coíbem de utilizar meios cobardes e anónimos de difusão de escritos para confundir os destinatários menos atentos e, com isso, manipular a liberdade de escolha dos Eleitores.
Cabe aos Eleitores julgar se preferem ter na equipa a eleger alguém que atua de rosto tapado, no silêncio da noite, ou empreendedores que correram riscos em negócios com países estrangeiros, em que a margem de reação ou discordância não é regida pelas mesmas regras.
Vizela, 26 de setembro de 2017
João António Fernandes Polery"