"O primeiro discurso coube ao líder do Grupo Municipal da coligação. Francisco Ribeiro fez um balanço ao último mandato do Partido Socialista (PS) na Câmara Municipal de Vizela (CMV). Na parte económica, o deputado acusou a o PS, à frente da CMV, de ter endividado o Município e de “nada fazer para estimular a economia local e com isso criar postos de trabalho”. Segundo o deputado, “o desenvolvimento local não está entre as prioridades do Executivo PS”, que “o seu interesse está mais virado para a construção de habitações”, e criticou também o facto de em Vizela não existir um parque industrial e de não terem sido criadas acessibilidades para permitir a fixação de indústrias. Mas também o turismo não escapou a críticas: “O processo das Termas foi conduzido de forma trapalhona e o Executivo não zelou pelos interesses dos vizelenses. Ao invés de mediar as conversações entre o Grupo Tesal e a Companhia de Banhos de Vizela, colocou-se de forma descarada do lado dos espanhóis, como se fosse seu procurador. As Termas continuam de forma deprimente e as obras no Hotel estão a ser feitas a passo de caracol”. O deputado acusou também o Município de não levar avante algumas obras, nomeadamente, “ a incubadora de empresas, a requalificação da Praça da República, a estrada paralela à Nacional 106”, entre outras. Sobre a construção do campo de Minigolfe, Francisco Ribeiro, entende que não trouxe benefícios para o concelho e acusou a Câmara, relativamente ao Plano de Pormenor do Poço Quente, de andar ao sabor dos promotores. “Políticos irresponsáveis e incompetentes atiraram o Município para este endividamento”, disse Francisco Ribeiro.
“Não vou rebater exaustivamente aquilo que parecia ser a sua rentrée política, para não dizer que parecia ter estado a fazer o balanço dos últimos dois anos de Governo”, ironizou João Polery, líder da bancada socialista na AMV. O deputado considerou ser “pretensioso e abusivo dizer que o PS não tem gente capaz para liderar o Município, porque isso é dar atestado de incompetência aos eleitores que têm votado no PS”.
E As ironias continuaram: “Quando se referia à cumplicidade existente entre a CMV e o Grupo Tesal, não sei se se referia ao Governo e aos angolanos e chineses naquilo que são as parcerias muito duvidosas”. Sobre o endividamento do Município, João Polery acusou a coligação “Por Vizela” de se ter abstido na votação na candidatura ao Plano de Apoio à Economia Local: “Se votassem contra, compreenderia o que disse, mas abstiveram-se. Se este Executivo tivesse alguma dúvida de que é possível dar a volta não se recandidataria”, rematou."