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Fev 18

 

No filme, a protagonista vive uma mãe chamada Mildred Hayes que teve a filha brutalmente assassinada e o criminoso nunca foi encontrado pela polícia. Após perceber que o caso foi deixado de lado pela autoridade local, ela aluga três outdoors numa estrada abandonada onde provoca e exige justiça ao xerife Bill Willoughby (Woody Harrelson).

Este, essencialmente, é um filme sobre a raiva. McDormand consegue mostrar a toda cena a revolta e a dor de uma mãe que perdeu a filha de uma maneira brutal e muitas vezes não precisar dizer nada para fazer isso. Ao contrário de filmes tradicionais onde personagens são guiados para o caminho do perdão e do entendimento, a história dirigida por Martin McDonagh explora a ideia de que, às vezes, devemos aceitar o ódio para, depois disso, encontrarmos algum tipo de evolução – pois somente após extrapolá-lo ao colocar os outdoors, encarar cada olhar de reprovação da cidade e até tentar destruir a delegacia é que a personagem consegue verdadeiramente se ligar a outros.

O grande “culpado”, ou melhor, a pessoa que leva a culpa pelo caso nunca ter sido resolvido é xerife Willoughby, vivido de forma brilhante por Woody Harrelson. Além de não ter encontrado o assassino e precisar conviver com a culpa, ele ainda está com cancro terminal e precisa resolver o que fará com sua família. Em um tom professoral e amigável, ele é o único que entende e até defende as ações de Mildred (mesmo que ele seja o principal alvo), além de servir como guia para Jason Dixon (Sam Rockwell).

O policia Dixon é o mais próximo de um vilão (ao mesmo tempo que consegue ser o alívio cômico), mas até mesmo ele acaba encontrando alguma forma de redenção após fazer o caminho oposto de Mildred: aprender que a raiva, que o domina desde o princípio, não é a solução e somente após aprender a deixa-la de lado, ele finalmente consegue encontrar o caminho para se tornar aquilo que sempre sonhou.

publicado por José Manuel Faria às 20:39

Não se engane pelo tom fantástico. Guillermo del Toro não dá ponto sem nó e A Forma da Água é um romance bastante realista no quesito violência. No longa-metragem vencedor do Leão de Ouro em Veneza, Michael Shannon interpreta Richard Strickland, agressivo agente do governo que tem a missão de arrancar tudo que pode da misteriosa criatura aquática que encanta a empregada de limpeza  Elisa (Sally Hawkins). 

Tiros, sangue, gritos, dedos perdidos, escamas soltas, choque elétrico, russos! Conectada ao ser mágico sem a necessidade de palavras, a servente elabora um ousado plano de resgate com a ajuda dos amigos (Octavia Spencer, Richard Jenkins), encorajada principalmente pelo amor inesperado em tempos estranhos de Guerra Fria. Um excelente filme. Um romance exótico.

publicado por José Manuel Faria às 17:21

publicado por José Manuel Faria às 12:24

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