"O tema eutanásia como já se viu até por aqui não é de esquerda nem de direita, é tão somente enquanto cidadãos, querer ter como já se viu até por aqui não é de esquerda nem de direita, é tão somente enquanto cidadãos, querer ter a liberdade de decidir quando confrontrados em final de vida com um sofrimento atroz e irremediável, ter a possibilidade de decidir que fim queremos ter. Se há coisa que o 25 de Abril nos deu é a liberdade inalianável de podermos fazer as nossas escolhas em liberdade, de poder decidir. Por isso custa-me cada vez mais perceber posições de partidos que limitam essas liberdades e consequentemente direitos, e aqui refiro-me à disciplina de voto dos partidos na possível legislação da eutanásia na próxima semana no parlamento. Que o CDS o faça entendo, está na sua matriz, agora o PCP, um partido que apregoa a liberdade de decidir aos quatro ventos é uma decepção nesta matéria. Os argumentos utilizados para ser do contra então são um mimo, porque é falso que os cuidados paliativos, de que tanto se fala, sejam eficazes o suficiente para evitar o sofrimento. Penso que nunca devem ter feito um simples exercício. Simples e honesto, do ponto de vista intelectual, que é o de se meterem na pele destas pessoas.
O que será viver completamente imobilizado numa cama durante 30 anos, sem hipótese de recuperação? Como será suportar dores lancinantes por tempo indefinido? Até que ponto é suportável saber-se que se vai viver em sofrimento extremo até o corpo, finalmente nos libertar? Quem é contra a eutanásia faça este exercício, é simples não custa nada, é tão somente pôrmo-nos na pele do outro"
Ana Sá
Uma jovem espanhola de 20 anos viaja com um amigo e o tio para recuperar uma oliveira milenar que a sua família, caída em desgraça financeira, vendeu a uma grande empresa contra a vontade do avô – que não fala há vários anos e recentemente deixou até de comer – com vista a trazê-lo de volta ao mundo dos vivos.
Com Anna Castillo como protagonista, um filme cheio de preocupações sociais da actriz e realizadora espanhola Icíar Bollain, protegida do britânico Ken Loach, cujo colaborador frequente Paul Laverty assina com ela o guião.
"No jornal de Vizela pode ler-se a opinião de Fátima Andrade sobre a liberdade e a censura: tudo o que não é bonito de se dizer sobre uma terra deve ficar escondido debaixo da carpete, deve passar pelo lápis azul.
Para comprovar as sua ideias retrógradas ou mesmo fasciszantes, a sra mostra júbilo pelas filinhas de mulheres contentes a irem para o trabalho.
O PSD ainda vai aí?"
Os turistas chineses gastaram 130 milhões de euros em Portugal, no ano passado, um crescimento homólogo de 40%, que está a despertar a atenção dos retalhistas portugueses.
"É um número bastante apreciável e que contribui para a nossa balança de pagamentos de forma muito positiva", disse à agência Lusa Luís Filipe Silva, vogal do conselho diretivo do Turismo de Portugal.
"O turista chinês, para além da cultura, património e gastronomia, valoriza bastante a experiência do 'shopping'".
Odiado pelo filho Bruno (Benoît Poelvoorde) e triste por vê-lo entregue ao alcoolismo e desânimo, Jean (Gérard Depardieu) aproveita o tempo livre durante uma feira de negócios agrícolas em Paris para fazer com o herdeiro uma turnê pela região vinícola da França. Usando o taxista Mike (Vincent Lacoste) como motorista, os dois vivem uma intensa jornada que rende perrengues, revelações, desventuras amorosas e a sonhada aproximação.
Movimento Cinco Estrelas (M5S), um partido antissistema, e a Liga (nacionalista) concluíram, esta sexta-feira, um programa de governo conjunto que inclui a expulsão massiva de imigrantes e um "imposto único", anunciou o líder do M5S, Luigi di Maio.
Verificou-se, há pouco mais de três meses, a renúncia de João Ilídio Costa ao mandato de vereador na Câmara Municipal de Vizela. Foi eleito, recorde-se, nas últimas eleições autárquicas, realizadas em outubro de 2017, ao encabeçar, como independente, a lista do PS – Vizela, acabando derrotado. A admissão do cargo de vereador sem pelouros implicou uma prévia resignação: a louvável e voluntária abdicação do direito natural de presidir à direção da Real Associação de Bombeiros Voluntários de Vizela.
Uma análise crítica e ponderada ao teor do comunicado, entretanto emitido, mostra-nos um genial exercício de diplomacia que, com muita similitude ao atribuído ao génio de Almada Negreiros, “se manifesta sem se manifestar”. Respeita-se a postura. É, como tudo indica, uma atitude típica de quem se confronta com um grave dilema, ou seja, o conflito daquele que se sente obrigado a escolher entre duas alternativas que se excluem mutuamente. Nesta eventualidade, apenas e só na certeza destas circunstâncias, se compreenderá que um homem apologista do rigor da verdade, da seriedade e da transparência - assim se apresentou ao eleitorado - restrinja aos seus concidadãos, que também são os seus eleitores, o direito elementar, diria mesmo fundamental, ao conhecimento das verdadeiras e concretas razões que presidiram à sua demissão; unicamente nesta eventualidade, se entenderá como um indivíduo reconhecido, sobretudo por aqueles que, há décadas, com autoridade e conhecimento, lhe traçam um perfil de ator tenaz nas acções e batalhas travadas, repletas de racionalidade, justiça, prudência, coragem e valentia, venha a abandonar um confronto político ainda mal começado. Sem querer sobrepor o meu desejo de uma inequívoca explicação ao seu direito de o fazer quando entender que a deve fazer, estou certo que acabarão a ser explicadas as verdadeiras razões pelas quais teria sido forçado a apresentar a demissão desse cargo, pois não acredito que ele ignore as responsabilidades que, pela força do ato eleitoral de 2017, deve ao eleitorado. Nestes pressupostos, a pergunta que se coloca é: qual o futuro político de João Ilídio Costa? Irá criar um espaço próprio que lhe permitirá apresentar uma candidatura independente nas próximas eleições autárquicas? Irá criar um novo movimento político? Penso que tudo está em aberto. Será prematuro falar, mas nunca despropositado. Creio que o homem não amoleceu, politicamente, ao demitir-se do cargo de vereador (independente) do Partido Socialista (P S). Não é aventureiro, é, bem pelo contrário, um homem equilibrado e muito coerente, pelo que jamais tomaria atitudes arriscadas, precipitadas e desprovidas de séria reflexão. Salvaguardo, no entanto, não conhecer nem ser bom intérprete das suas ambições políticas. Contudo, sabe-se que, pelas constantes inépcias e renovadas estultícias dos partidos políticos, as eleições já não passam apenas pelos partidos. De resto, a projeção política que ele detinha nunca sobreveio do P S. Este apenas a confirmou. Assim sendo, não será de acreditar que ele tenha desaparecido do panorama político, nem creio que seja essa a sua intenção, muito menos a fuga aos problemas. Estou convencido que o seu regresso se irá verificar, para regozijo de uns e de mágoa para outros, e, mais certo ainda, de que muita gente sairá penalizada. Nesse momento, cessará o meu dever de compreensão e solidariedade para com a sua polida decisão de resignação ao cargo de vereador. Nessa instante, estilhaçar-se-ão todos os condicionalismos e obrigações de cunho diplomático, tornando-se claro que os argumentos apresentados dessa demissão, bem como as subsequentes comedidas reações, não passaram de genuínos fait-divers políticos de ocasião. Aguardemos, serenamente, pelo devir histórico. Porém, nessa altura, acredito que as preposições agora enunciadas reverterão, mimeticamente, como realidades nessa contemporaneidade.