29
Jun 18

publicado por José Manuel Faria às 16:07

28
Jun 18

"Para que Vizela se fortaleça é preciso, além de um bom executivo municipal, uma oposição forte e atuante. O papel da oposição é o permanente questionar da ação do executivo, exigindo que este preste contas sobre as suas atividades e trazendo à tona o que ela considera correto ou incorreto nas políticas do governo municipal. Uma oposição frágil, que no lugar de confrontar o governo com políticas alternativas procura a acomodação, é o pior perigo que uma sociedade democrática pode enfrentar. 
É triste o que se passa em Vizela, onde o Executivo Municipal tenta aniquilar a Oposição só porque esta não se curva perante o poder, oferecendo-se a este de corpo e alma. 
Sabemos o quanto é difícil fazer oposição num concelho dependente como Vizela, onde o adesismo ao poder é tentador e quase incontrolável. 
Mas, não nos deixamos intimidar. A oposição socialista trabalha de forma consciente, de forma coerente, fazendo-se ouvir a uma só voz, na Câmara Municipal e na Assembleia Municipal. 
Assim, na Assembleia Municipal de 20 de junho de 2018, o Grupo Municipal do Partido Socialista confrontou o Executivo Municipal com várias questões escandalosas, entre as quais destacamos para já a demolição de Casa do Adro de Santa Eulália e a Ciclovia Escolar. 
DEMOLIÇÃO DE CASA NO ADRO DE SANTA EULÁLIA
Numa vila onde há pessoas a viver em habitações sem o mínimo de condições, a Câmara Municipal de Vizela dá-se ao luxo de demolir uma casa que custou ao erário público 175 mil euros. 
A demolição desta casa não constava do manifesto eleitoral de nenhuma força política concorrente às autárquicas de outubro de 2017. Falava-se apenas de requalificação do adro da Igreja.
Assim sendo, onde está a legitimidade política para deitar a casa abaixo? Se era essa a vontade do Movimento Vizela Sempre e do Vereador Jorge Pedrosa, por que razão não o disseram na campanha eleitoral? 

Tal como dissemos em campanha eleitoral somos contra a demolição da referida casa. A nosso ver o Adro da Igreja pode ser requalificado sem ser necessário a demolição da casa. O que será mais importante para Santa Eulália, um adro maior para festas como querem alguns ou uma casa que pode acolher valências de ordem social, cultural ou autárquica muito mais úteis para Santa Eulália?
No mínimo, exigia-se à Câmara Municipal a apresentação de um projeto de requalificação para o local e a sua colocação em discussão pública. 
Continuar com a demolição é um verdadeiro escândalo, um malbaratar descarado dos recursos públicos.

CICLOVIA ESCOLAR DE VIZELA
Uma ciclovia ou pista ciclável é um espaço destinado especificamente para a circulação de pessoas utilizando bicicletas. Isto é, uma via de comunicação terrestre, de piso regular, destinada especificamente para a circulação de pessoas utilizando bicicletas (velocípedes). 
Encontramos esta definição no Guia de Ciclovias do Turismo do Porto e Norte de Portugal apresentado no dia 15 de outubro de 2015 pelo seu presidente Melchior Moreira. Entre ciclovias, ecopistas e ecovias do Porto e Norte de Portugal (incluindo a ciclovia da marginal de Vizela) são 82 locais espalhados por 49 municípios. Como é óbvio, nesse roteiro não consta a nova ciclovia de Vizela que é posterior, mas tenho dúvidas que algum dia venha a constar de um guia do género. A nova ciclovia que se diz escolar não respeita o projeto que venceu o Orçamento Participativo e não respeita as regras que estão definidas para estas vias. O projeto que venceu, propunha “uma rede de ciclovias que iria ligar três pontos importantes da cidade, Estação de caminhos de ferro, Escola Secundária de Vizela e ainda Escola Básica e Secundária de Infias. Um dos troços da rede de ciclovia -trata-se da Rua do Bacelo e da Rua das Veigas- passará de dois para um sentido, sendo que este sentido se fará da esquerda para a direita da figura (Rua das Veigas para Rua do Bacelo). Na 

impossibilidade de aumentarmos a largura da via e pela colocação da ciclovia, a estrada passará então a ter o sentido único já referido com 3 m de largura, uma ciclovia de 1,5 m e um passeio de 1 metro”.
A Câmara Municipal adulterou propositadamente o projeto vencedor. As faixas de rodagem foram reduzidas para 2,22 metros e a ciclovia foi reduzida para 1,12 metros em cada faixa de rodagem, em vez de 1 metro e cinquenta como é normal.
Transitando naquela via veículos pesados com 2,55 metros de largura, pergunto: tendo cada faixa de rodagem apenas 2,22 metros de largura e sendo uma ciclovia apenas para bicicletas, em que faixa de rodagem vão circular estes veículos pesados e outros com dimensões maiores que a largura da via?
Gastaram-se 10.341,31 euros (dez mil trezentos e quarenta e um euros e trinta e um cêntimos) em pinturas para nada.
Exige-se uma solução para esta situação que só envergonha Vizela."
 

Carlos Alberto Costa

Rádio Vizela

publicado por José Manuel Faria às 17:31

 

publicado por José Manuel Faria às 12:39

27
Jun 18

 
0:00 War Pigs 7:58 Paranoid 10:47 Planet Caravan 15:25 Iron Man 21:26 Electric Funeral 26:30 Hand of Doom 33:30 Rat Salad 36:04 Fairies Wear Boots
publicado por José Manuel Faria às 18:14

26
Jun 18

 

Todos os órgãos portugueses de comunicação social (Rádio, Televisão e Jornais) estiveram, para cima de dois meses, durante todos os dias e por mais de 5.000 horas de emissão a insultar um cidadão português, Bruno de Carvalho, casado, pai de filhos e presidente do Sporting.

 

Arnaldo Matos no Twitter

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

publicado por José Manuel Faria às 18:40

publicado por José Manuel Faria às 12:29

24
Jun 18

Luis

@CasteloVoador
7 hHá 7 horas

Mais

Quando os tugas se envolverem na política e questões sociais com o apego, determinação, afinco e cólera com que discutem futebol iremos ser a Suécia do sul.

publicado por José Manuel Faria às 18:55

publicado por José Manuel Faria às 10:23

23
Jun 18

publicado por José Manuel Faria às 12:05

22
Jun 18

"Permito-me partilhar ‘Artigo de Opinião do Vizelense Dr. Eugénio Silva’, entre outros livros, autor da primeira parte da História dos Bombeiros Voluntários de Vizela com o título “Da Regeneração ao fim da Primeira República “, que poderá ser adquirido na Secretaria dos Bombeiros.

Este artigo de opinião impõe-se pela sua oportunidade, face à proposta do Executivo Camarário de alteração do PDM de Vizela, mas sobretudo como alerta aos nossos políticos para o respeito que lhes foi imposto, concedido nas urnas, de preservarem todo o nosso património histórico. Infelizmente, não é isso que vemos vertido na referida proposta, razão da nossa preocupação e divulgação deste importante artigo de opinião.

Impõe-se também a todos os Vizelenses, sem exceção, uma participação ativa na defesa incondicional da nossa identidade histórica e civilizacional.

“ADULTERACÃO PATRIMONIAL NUNCA SERÁ PRESERVAÇÃO PATRIMONIAL

Sempre, até hoje, acalentei a esperança, acostumado que estou a presenciar à destruição do património arquitetónico, histórico e vernacular à escala nacional, regional e local, que os poderes administrativos da minha terra se arvorassem em paradigmático exemplo nacional de boas e autênticas práticas de reabilitação do seu património edificado, particularmente o do centro histórico de Vizela, mostrando como se resiste aos perversos exercícios descaracterizadores que, irremediavelmente, acabam a desvirtuar não só a plenitude da estética e da harmonia, como, também, a história e a identidade. Indubitavelmente, pura quimera.

Na realidade, o município de Vizela, ao manifestar a intenção de alterar o Plano Diretor Municipal (PDM), aprovado em janeiro de 2013, apenas manifesta a clara intenção de viabilizar alterações na área e cércea do edificado do centro urbano de Vizela, até então interditas. Mostra, assim, não lhe ter servido de exemplo os inúmeros atentados perpetrados, ao longo das décadas de 50 e 60 do século XX, por todos aqueles (poucos e privilegiados) que detinham poder e influência suficientes para obrigar a vila a aceitar e respeitar, muda, queda e impotente, os seus particulares interesses imobiliários, que muito descaracterizaram o centro histórico de Vizela, sobretudo no edificado da rua do dr. Abílio Torres e na praça da República, parecendo querer repeti-los.

Em minha opinião, os artigos 45º; 46º; 47º; e 48º, referentes ao Título V - Áreas de Salvaguarda - do atual PDM, apresentam-se plenos de pertinência e atualidade em matéria de salvaguarda patrimonial, apenas carecendo de mera revisão e clarificação no que concerne à sua delimitação, isto é, onde começa e acaba o centro histórico, e à catalogação eficaz da tipologia arquitetónica do seu edificado (se romântico; se arte nova; …). Todo o resto, as pretendidas “pequenas alterações ao Regulamento do PDM”, servirão para, em nome de uma suposta reabilitação e intervenção urbanística no centro urbano da cidade, viabilizar interesses imobiliários particulares, mesmo que para tal se venha a sacrificar a pureza das fachadas.

Em verdade, como se preservará a genuidade e a pureza da fachada de um qualquer edifício do centro histórico se há uma real intenção em aditar-lhe uma nova cércea, um novo piso? Como se poderá, alguma vez, chamar a isso preservação? Nestas circunstâncias, mesmo que as propostas de “requalificação” se mostrem enroupadas de legais e democráticas, quais as garantias e argumentos que irão apresentar, destinados a afastar, liminarmente, possíveis e legítimas conjecturas de muitos cidadãos, que não se irá testemunhar em Vizela nenhum requintado exercício de prostituição do seu património edificado Oitocentista, à semelhança do já praticado por muitos outros municípios?

Na contemporaneidade, a política de qualquer município na preservação do seu património histórico edificado tem por objectivos prioritários o “conservar os imóveis e a população residente, oferecendo melhores condições de habitabilidade através de investimentos na manutenção dos edifícios, na modernização das infra-estruturas sanitárias e de saneamento, na qualificação do espaço público”, procurando dinamizar actividades económicas, contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos residentes, e perseguir melhor imagem e funcionamento da cidade [Barata Salgueiro, 2005]. Na atualidade, o arquétipo da política urbana municipal alterou-se, devido a profundas alterações de âmbito tecnológico e cultural, pelo que a renovação urbana passa por criar e garantir espaços públicos de elevada qualidade; modernizar as redes de infra-estruturas; melhorar a eficiência energética; e repensar e melhorar as vias de circulação pedonal e auto. A aplicação desta nova política de regeneração urbana procura abordagens e metodologias específicas que nunca comprometem a autenticidade histórica do património, eliminando, por isso, possíveis intervenções desvirtuadoras e pouco informadas

Ora, o projetado para o centro histórico de Vizela não contempla, nem nunca contemplará, a preservação patrimonial. A intenção do aumento da cércea e o licenciamento de novo edificado terão como palavras certas e exatas - adulteração patrimonial.

Antes de se transformarem em autênticos coveiros do património histórico edificado de Vizela; antes de lhe sentenciarem a morte e de inscreverem na placa tumular as farisaicas palavras - REQUIESCAT IN PACE – seria excelente que meditassem nestas verdades lapidares: a cultura, a história e o património não se mercantilizam e, se vendidos ou comprados, significará que todo o sentido final subjacente à expressão cultural de um povo e de uma terra será sempre esbulhado.”

Eugénio Silva
Publicado em RVJORNAL de 21 de Junho"

 
publicado por José Manuel Faria às 18:02

"Revogação coletiva, com justa causa, do mandato dos membros do Conselho Diretivo", será a frase que será respondida apenas de três formas (qualquer outra será considerada voto nulo): "Sim, não, abstenção".

publicado por José Manuel Faria às 12:36

21
Jun 18

 

A caminho da Convenção: “Um Bloco mais forte para mudar o país”

Catarina Martins apresentou 17 teses para a XI Convenção do Bloco, na moção “Um Bloco mais forte para mudar o país”.

Com estas 17 teses que abaixo resumimos, o Bloco apresenta-se ao ciclo eleitoral de 2019 (Europeias, Regionais da Madeira e Legislativas) em torno do seu próprio programa e para disputar a representação da maioria

  1. O nacionalismo ultra-conservador de Donald Trump é a nova forma de afirmação da hegemonia imperial norte-americana face à instabilidade financeira e às dificuldades políticas internas.
  2. As alterações climáticas são um grave risco global. A temperatura aumentou 1ºC desde a época pré-industrial e, mesmo que as metas prometidas em Paris fossem cumpridas, aumentaria outros 3,5ºC nos próximos 50 anos, o que garantiria uma catástrofe ambiental com elevados custos sociais.
  3. A crise dos refugiados, o ultimato à Grécia, o Brexit, o ascenso fascista na Áustria, em Itália e no Leste, a repressão na Catalunha: todos são, por ação ou omissão, sinais de aceleração da desagregação de alguns regimes políticos e da União Europeia.
  4. Perante a desintegração europeia, a esquerda tem a tarefa de construir uma alternativa popular às políticas do centro e capaz de enfrentar e vencer a direita e a extrema-direita . Esse caminho exige uma rutura com os tratados europeus.
  5. A relação de forças parlamentar saída das eleições legislativas de 2015 permitiu afastar a direita do governo e parar o empobrecimento do país. Essa viragem constitui um triunfo que o Bloco reclama. Mas o balanço dos acordos não pode omitir os seus limites, contradições e insuficiências para a alteração estrutural no país. Ou seja, o que está por fazer.
  6. Depois do alívio e da expectativa iniciais, em 2018 vivemos uma retoma de lutas sociais e laborais. Na combinação entre melhorias efetivadas e promessas goradas, existe uma maior consciência social das possibilidades e da necessidade de alternativa.
  7. O abrandamento da chantagem europeia contra Portugal é conjuntural e todos os riscos se mantêm. A dívida externa, que é insustentável, permanece como instrumento dessa chantagem.
  8. O PS procura uma maioria absoluta ao centro e abre a porta a convergências à direita.
  9. O Bloco de Esquerda é sempre a garantia do cumprimento das medidas dos acordos de 2015 e de avanços para patamares mais exigentes de  direitos sociais.
  10. A convergência à esquerda com o PCP é uma componente importante dos avanços sociais neste período e no futuro.
  11. As eleições europeias são o primeiro embate eleitoral de 2019. O Bloco vai às eleições europeias em listas próprias e junta forças à esquerda, numa candidatura internacionalista que recusa a submissão aos tratados.
  12. Nas eleições legislativas o Bloco apresenta-se ao país com um programa de governo e uma proposta de governação à esquerda.
  13. Nas eleições regionais da Madeira, a criação de alternativa à esquerda depende do reforço do Bloco de Esquerda.
  14. Nos Açores, o Bloco de Esquerda é a oposição que não cede à predação dos interesses internacionais nem desiste do desenvolvimento e qualificação.
  15. A representação autárquica do Bloco, tendo progredido, é ainda reduzida. Articular a intervenção local e nacional é uma prioridade da organização.
  16. No plano da organização, o objetivo é promover a intervenção política das e dos aderentes em ativismos e movimentos sociais.
  17. A estagnação ou a perda de sindicalização tem sido um processo longo. A renovação do movimento sindical é o desafio essencial para a esquerda social
  18. ............................................................................................................................................................................
  19. teses alternativas (algumas) - 1 - Nacionalização de estrutras económicas; 2 - Combate à Nato.-3 - Não acordo com o PS.4 - Apoio à Patestina contra Israel..5 - luta pelo socialismo.6 .  Teses excessivamente moderadas - falta mais esquerda.
publicado por José Manuel Faria às 18:48

 As restrições à publicidade de bebidas e de alimentos com elevado teor de açúcar, de gordura e de sal nas escolas, nos parques infantis, nos programas de rádio e de televisão e em páginas de Internet com conteúdos infantis deverão passar a letra de lei. A idade dos menores é a principal divisão entre os deputados.

publicado por José Manuel Faria às 11:55

20
Jun 18

publicado por José Manuel Faria às 11:59

18
Jun 18

publicado por José Manuel Faria às 18:55

17
Jun 18

publicado por José Manuel Faria às 19:03

16
Jun 18

 

publicado por José Manuel Faria às 11:20

15
Jun 18

publicado por José Manuel Faria às 18:36

14
Jun 18

publicado por José Manuel Faria às 12:34

13
Jun 18

 

A Câmara Municipal de Vizela (CMV) vai proceder à alteração do Plano Diretor Municipal (PDM) aprovado em janeiro de 2013. Em causa estará a primeira alteração ao documento e tem em vista, segundo o Executivo, dar resposta aos desafios que se impõem no processo de reabilitação do centro urbano da cidade de Vizela. O PS tem outro entendimento e votou contra esta proposta, em reunião realizada esta terça-feira, dia 12 de junho.

Afirma o Executivo de Victor Hugo Salgado que embora o concelho de Vizela esteja a beneficiar da retoma do setor da construção civil, têm surgido alguns constrangimentos à edificação, quer no centro urbano da cidade de Vizela, quer na área envolvente, designadamente ao nível da cércea máxima nas construções novas, bem como na reabilitação e ampliação, assim como no que diz respeito à ocupação dos logradouros. Desta feita, o Movimento Vizela Sempre e a Coligação PSD-CDS/PP estão de acordo ao defenderam que devem ser introduzidas “pequenas alterações ao Regulamento do PDM” de modo a serem preconizadas soluções para a reabilitação e intervenção urbanística no centro urbano da cidade de Vizela.

De salientar que da proposta, aprovada por maioria esta terça-feira, constam as seguintes medidas: aumentar em um piso (passando de 4 para 5) a cércea máxima admitida nos espaços residenciais do nível 1 e clarificar algumas regras de edificação no centro urbano, ou seja, será possível aumentar a cércea de um edifício até à altura dos prédios contíguos. Em causa estará ainda a isenção do procedimento de alteração de Avaliação Estratégica Ambiental.

Nesta reunião ficou ainda fixado em seis meses o prazo para a elaboração da alteração do PDM, período em que deverão decorrer todos os procedimentos, de que são exemplo a concertação, a discussão pública, a ponderação dos resultados, bem como a sua aprovação e respetiva publicação. Um processo no qual os cidadãos poderão participar através da formulação de sugestões ou da apresentação de informações junto dos serviços da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística do Município de Vizela.

PS está contra a alteração do PDM

Do lado dos vereadores do PS, Horácio Vale defendeu não ver justificação para esta alteração ao PDM, por considerar que o existente protege o património edificado, nomeadamente aquele que se encontra localizado no centro urbano da cidade. O vereador destacou ainda pela positiva o trabalho realizado no mandato anterior, nomeadamente a definição da Áreas de Reabilitação Urbana e o reajustamento do Plano de Pormenor do Poço Quente. “Não vejo por isso que constrangimentos possam existir no atual PDM para que não possa ser levada a efeito a requalificação urbana da cidade”, defendeu ainda Horácio Vale, ele que no início da sessão apresentou uma recomendação que incidiu, precisamente, sobre a necessidade do atual Executivo apostar nesta área.

Mas o presidente da CMV tem um entendimento totalmente diferente. “Não se pode falar em requalificação urbana sem que haja um PDM devidamente adaptado a essa realidade”, afirmou Victor Hugo Salgado, defendendo que, nesta área, o atual documento é muito limitativo. E acrescentou: “Não basta dizer que é preciso inventariar os edifícios em ruínas, porque isso é fácil de fazer, o que é necessário é encontrar soluções e temos de incentivar os privados a reabilitarem os seus edifícios, num processo que possa acompanhar a requalificação que a CMV levará a feito na Praça da República e no Jardim Manuel Faria”.

Movimento defende que alteração visa a Reabilitação Urbana do centro da cidade

No âmbito do processo que visa a Reabilitação Urbana do centro da cidade, Victor Hugo Salgado veio ainda garantir esta terça-feira, que o seu Executivo olha para este dossier como sendo uma área prioritária para o desenvolvimento do concelho, nomeadamente para a sua dinamização turística.

No que concerne à intervenção pública, ou seja, aquela que é da responsabilidade da CMV, o autarca veio garantir que a requalificação da Praça e do Jardim “está a ser tratada com pinças” para que os vizelenses se revejam no projeto final mas, também, para que no decorrer da sua execução este não esbarre com nenhum constrangimento. Aqui fez referência à recente passagem por Vizela de António Ponte, Diretor Regional da Cultura, num encontro onde foram abordadas as obras de requalificação da Praça da República e os vestígios arqueológicos existentes naquele local.

Já no que diz respeito à intervenção privada, o presidente da CMV diz que é necessário ir além de eventuais benefícios fiscais. A nível dos comerciantes voltou a falar da Loja Histórica, garantindo que a CMV irá abrir, anualmente, 10 candidaturas tendo em vista a reabilitação de estabelecimentos comerciais, mediantes determinadas regras, e aos quais será atribuído um valor máximo de 3 mil euros por intervenção. Entretanto, e a nível dos privados, será promovido um concurso com o objetivo de premiar, anualmente, as três melhores requalificações de fachadas. Para o 1º classificado estarão previstos 4 mil euros, para o segundo 2º lugar, 2 mil euros, e para o 3º, mil euros.

Coligação espera que alterações contribuam para o bem-estar dos vizelenses

No final em declarações à Rádio Vizela, Fátima Andrade disse avaliar como positivas as alterações a serem levadas a efeito no PDM, nomeadamente as que foram esplanadas pelo presidente da CMV. “Vemos que o centro histórico de Guimarães se tornou muito mais bonito depois da requalificação dos seus edifícios. Se for efetivamente para melhorar as estruturas e para contribuir para o bem-estar dos habitantes, concordo que se proceda a essas alterações, até porque haverá um período em que os munícipes serão chamados a contribuir com as suas sugestões”, salientou a vereadora da Coligação PSD-CDS/PP.

Vereadora Dora Gaspar: “Subjugação dos interesses de Vizela à especulação dos privados”

Esse não é o entendimento de Dora Gaspar: “Isto tem a ver com uma subjugação dos interesses de Vizela à especulação dos privados e à especulação imobiliária. Somos a favor do desenvolvimento de Vizela, do crescimento do parque habitacional, nomeadamente para o mercado de arrendamento, mas estamos a falar de algo que vai violar o edificado arquitetónico e a memória do nosso centro histórico”. “O PDM em vigor encontra-se nos moldes que o próprio [Victor Hugo Salgado] estudou [enquanto vereador do Urbanismo e responsável pela elaboração do PDM em 2013] e considerou importantes para o concelho de Vizela, nomeadamente a salvaguarda do edificado do centro urbano, sendo que agora vem dizer o contrário”, defendeu a vereadora do PS. E não ficou por aqui: “Além das alterações no centro histórico, prevê também o aumento de mais um piso passando para cinco, o que vem frustrar as expetativas dos agentes imobiliários que já construíram ou que têm prédios em construção e só puderam licenciar quatro andares”. Além disso, os vereadores do PS também mostraram estar em desacordo com a isenção do procedimento de alteração de Avaliação Estratégica Ambiental.

Presidente Victor Hugo Salgado: “O PS está numa profunda contradição”

O voto contra dos vereadores do PS a esta alteração ao PDM não ficou sem resposta. Também em declarações à Rádio Vizela, no final da sessão, Victor Hugo Salgado veio dizer que o PS está “numa profunda contradição”. “Vota contra esta matéria, quando no início da sessão apresentou uma recomendação tendo em vista a Reabilitação Urbana da cidade”, disse o presidente. Questionado sobre se estas alterações garantirão o edificado histórico do centro de Vizela, o responsável respondeu: “Não só vai garantir como o irá reforçar”. Quis ainda a Rádio Vizela saber porque é que as alterações agora debatidas não constaram já do documento aprovado em 2013. Victor Hugo Salgado chamou a atenção para o contexto económico da altura e que não possibilitaria, no seu entendimento, que fossem dados passos efetivos para a Regeneração Urbana do centro da cidade de Vizela, nomeadamente a requalificação da Praça e do Jardim Manuel Faria. Lembrou ainda que apesar de ter liderado o processo de elaboração daquele documento, este já se encontrava em andamento e que nele ficou vertida a posição de todo um Executivo, na altura, liderado por Dinis Costa.

 
publicado por José Manuel Faria às 18:16

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