Em comunicado endereçado à nossa reação, o Núcleo de Vizela do Bloco de Esquerda (BE) diz lamentar que o Presidente da Câmara Municipal de Vizela (CMV) “leve à reunião do Executivo propostas de alteração ao orçamento, sem a devida fundamentação, tendo a necessidade de justificar a proposta através da Comunicação Social local”.
Vem defender o BE que “os princípios mínimos da transparência da governação autárquica exigem que as propostas que envolvem recursos financeiros públicos, devem ser devidamente clarificadas nos órgãos democraticamente eleitos, quer na Câmara, quer na Assembleia Municipal”. E acrescenta: “Na eventualidade da proposta não ter condições para ser apresentada e votada, com consciência de todos os parâmetros, deveria ter sido apresentada na reunião seguinte e não camuflar e remediar o erro com esclarecimentos através de comunicados, usados também para fazer acusações despropositadas à oposição que levantou legitimamente a questão”.
Mas os bloquistas vão mais além, afirmando que “esta postura de Vitor Hugo Salgado revela falta de cultura democrática, incapacidade para governar de forma transparente e vícios autoritários provocados por uma maioria absoluta”.
Por outro lado, no entender do BE, “o reconhecimento público a associações deveria assentar no trabalho desenvolvido pela associação em prol da comunidade”. No caso particular do Lions Clube, diz não conhecer “intervenção que justifique este gasto na homenagem, não podendo a CMV homenagear uma instituição com base na atividade em concelhos vizinhos”. Por isso, para o BE, “a verba deveria ser utilizada para apoiar as imensas associações vizelenses com atividade consistente ao longo dos anos e muito relevante socialmente, que carecem de recursos para potenciar as suas iniciativas”.