Um subsídio de cem mil euros atribuído pelo responsável pela Agricultura do governo dos Açores, Noé Rodrigues, ao clube terceirense Lusitânia está a gerar polémica na região. O motivo alegado pelo governante para a concessão de tal apoio prendia-se com a divulgação dos produtos agrícolas açorianos no exterior. A decisão provocou, por um lado, o repúdio de agricultores e, por outro, a reclamação de igual tratamento por parte da mais emblemática colectividade desportiva regional, o Santa Clara, que é da ilha de São Miguel.
O objectivo de promoção da marca "Açores" foi o argumento invocado, mas não o que ficou consagrado por escrito na portaria que o regulamentou. No seu primeiro artigo, justifica-se que o apoio concedido é para fazer face às "dificuldades financeiras" do Lusitânia, que na reali- dade as tem. Mas o que se esperaria que estivesse escrito era que o apoio se destinava "à promoção dos produtos agrícolas da região". Um erro do foro jurídico do gabinete daquele governante. Erro assim explicado: "Os fundamentos da portaria estão correctos, mas houve um lapso no primeiro artigo da portaria, que já foi corrigido, porque estava em contradição com o apoio concedido."
Até quando?