muito bem.
linha de raciocino claro,
colocação dos pontos nos ÍÍÍ
desmistificação das reais intenções do comício do trindade.
disponibilidade para discutir projectos políticos , e não lugares em listas ou em cargos.
mas disse mais..., disse que o bloco tem um problema serio de compreensão difícil , quando reproduziu uma afirmação de Louça a preposito da definição ideológica do BE: (a ideologia do BE , é construída em função do cenário) mais ou isto, o BE não tem uma definição no plano ideológico , a partir do qual tenta mudar a realidade, mas a realidade e o momento politico é que fazem a ideologia do BE !? afirmação espantosa! é mais uma novidade, deve ser por isto que se definem como esquerda moderna, seja lá o que isso significa!!
Quanto ás questões internacionais, é claro também o posicionamento do PCP. só por distracção ou ... má fé é que se compreende que se continue a tentar cavar esse "problema". quando se tem uma definição clara no plano ideológico , como é o caso do PCP, e se lê com vontade sincera e seria o que tá escrito nas teses e outros doc . do PCP, percebe-se que não existe uma apologia deste ou daquele modelo , deste ou daquele país. o internacionalismo e a solidariedade com os povos em luta contra o imperialismo , não me parece assim tão difícil de compreender, mas para isso é preciso querer perceber o que se lá diz e não o que lá se quer ler....
estranho é a posição do BE que é contra todos e contra ninguém será que alguém sabe qual é a posição do BE no plano internacional? se calhar nem o Louça.
saudações revolucionários
Anónimo a 26 de Novembro de 2008 às 12:22
Caro amigo, o seu comentário é típico e previsível de um membro do PCP, ainda bem.
Critica à ideologia do BE , ou falta dela: O Bloco não tem uma cartilha onde explica as ideias correctas e as incorrectas sobre a transformação da sociedade capitalista, tem a Ideia base: Quer uma sociedade Democrática e Socialista alternativa ao capitalismo, respeitando as estratégias e orientações políticas diferenciadas internamente ou alterações conforme o comportamento do capitalismo.
O programa do PCP, a sua ideologia baseada na construção do socialismo e do comunismo tendo uma matriz marxista - leninista sem modelo, não é depois explicada como alcançariam esse objectivo que o PCP tanto se vangloriavangloria , e portanto como diz o amigo: Uma ideologia clara.
1 - Como se pode alcançar o Socialismo?
O PCP responde com a luta de classes com os trabalhadores ( frase feita).
2 - O que é o socialismo para o PCP? Uma sociedade sem classes . O programa defende a democracia política e económica a ser assim os capitalistas terão sempre poder político, têm os seus partidos e por isso estarão pelo menos no parlamento! Não é contra a propriedade privada, haverá sempre quem compre e venda e portanto aquisição de mais-valias, onde entra a sociedade sem classes?
Diz que esses 5 países combatem o imperialismo, há elogio, no mínimo. A Coreia do Norte ( exemplo mais extremo), é socialista/comunista, tretas, é uma ditadura de uma elite familiar que se governa na mais pura repressão
O PCP gere o capitalismo quando aceita governar 30 Câmaras, nestas que indícios temos de sociedade sem classes, et , etc ,. Poderia estar aqui toda a tarde a apontar contradições entra a putativa ideologia comunista marxista - leninista, e o programa do partido e também a sua aplicação prática hoje em Portugal.
Essa fraseologia ideológica comunista é para inglês ver, tentar unir o partido à volta de princípios impossíveis de concretizar sem entrar em contradição.
Para ser comunista coerente o PCP teria que fazer uma revolução para tomar o poder e implementar a ditadura do proletariado, há muito que deixou cair essa ideia.
Só vejo resquícios comunistas no partido em termos de organização interna, e mesmo aí ( Lenine admitiu correntes internas no partido)
Quanta amargura... e porque não dizer desnorte....
o Zé manel dispara em todas as direcções mas acerta em poucos pássaros .
a confusão continua... falar da gestão de municípios e dizer que isso é ser capitalista ou estar com o capitalismo... convenhamos!
luta de classes! e o fim de classes, a propriedade privada, etc etc etc ... não me vou demorar com grandes considerações sobre o rol de afirmações produzidas.
já sei que considera ultrapassada a ideologia de Marx e Lenine . estamos entendidos!
mas não se percebe ainda o seguinte: se tudo isso é assim como é que explica que o BE , até tem agora a propósito da crise do capitalismo um cartaz/autocolante com uma imagem/citação de Marx??
é facto que o bloco já tem feito algum caminho! quem não se lembra de ouvir á não muito tempo os dirigentes do bloco questionar o caminho traçado pelo PCP e até dos movimentos sindicais de lutas de rua, das manifestações, tudo praticas que haviam perdido validade , já não faziam sentido nem traziam resultados , eram precisas novas formas de luta! e agora é ver os principais dirigentes do BE ! não falham uma! bem hajam e bem vindos á rua!
mas também não se percebe afinal o que defendem? chama-lhe ideologia ou outra coisa qualquer! mas então o que acha o BE da luta de classes?
continua a achar que não á classes, que não faz sentido falar de luta de classe?
acha que a eliminação da exploração do Homem pelo homem não faz sentido?
a propriedade privada!
o que defende o BE ?
o fim de toda a propriedade privada?
não chega a clarificação que faz o PCP sobre a questão internacional! de que o facto de este ou aquele partido, este ou aquele país se afirmar socialista, não faz dele de facto socialista ou modelo perfeito e a seguir! mas que o facto de continuarem a afirmar o socialismo e o comunismo como meta a alcançar, ou que se definam no cenário internacional como forças anti-imperialistas , é uma base mínima para continuar a desenvolver contactos, e para troca de ideias procurando pontes e a busca da alianças possíveis sem que isso seja impeditivo de marcar diferenças de rumo e de opinião.
então quem são os aliados do BE no plano internacional?
ou o BE não considera essa dimensão da luta importante?
julgam resolver os problemas da humanidade só na dimensão nacional? é possível isso?
porque caro Zé manel , de ataque em ataque, mais assumido ou mais disfarçado que fazem ao PCP, sobre estas e outras matérias , continuam sem clarificar as vossas posições!
espero que entenda mal as minhas considerações, acredite que para mim e não tenho nenhuma duvida de que para o Jerónimo de Sousa e a esmagadora maioria dos militantes do PCP, o inimigo não é o BE ou o Louça, mas sim a direita, e o PS/Sócrates com a sua politica de direita.
sem animosidades , podemos continuar a reflectir em conjunto o país e o mundo com respeito pela diferença, sem que a diferença seja impedimento de ver e trabalhar o que nos pode unir!
um abraço
Anónimo a 26 de Novembro de 2008 às 18:26
Caro amigo não se trata de amargura nem desnorte, apenas da realidade. Dizer-se marxista- leninista comunista sem modelo para Portugal e apresentar um programa " Democracia Avançada para o sec21" que também conhece como eu é absolutamente incoerente. Incoerente participar num parlamento burguês, pois o objectvo dos Comunistas é a transformação da sociedade actual para uma sem classes e isso não se consegue pelos votos.
Não custa nada teoricamente afirmar-se comunista "puro" quando a realidade mostra essa impossibilidade.
Gerir um munícipio neste sistema capitalista é sinal de colaboracionismo, claro. Por isso não sou comunista desse tipo. Inscrevi-me no PCP pós-muro de Berlim pensando que os esqueletos da RDA ou URSS tivessem sido ultrapassados, não foram!
Adiante, a ideologia marxista está actual a de Lenine não. Pare se ser Leninista não basta parecê-lo tem que se ser.
O PCP diz que é, teoricamente, à excepção do "centralismo democrático".
O BE sempre foi um partido/movimento de rua e de proposta.
Há várias tendências no BE, algumas que usam essa linguagem, no meu caso os problemas sociais e económicos são transversais à classe trabalhadora ( operários) como à classe média. Não vejo o local de trabalho ( empresa) como local de luta entre patrões e trabalhadores, têm interesses diferentes, mas o mesmo objectivo, a produtividade a saúde da empresa, bons salários e distribuição de lucros por todos, não sou favorável à tomada da empresa pelos trabalhadores, nem o PCP, na prática, na teoria sim!
Há exploração, e amos. Temos de combater essa realidade. Salários baixos, falências propositadas: O Governo deve contudo apoiar os pequenos e médios patrões, pois dão emprego a centenas de milhares de trabalhadores. Defende o estatismo total? Dir-me-á que não, mas um comunista leninista deveria defender quase a totalidade da economia, menos os Kolkozes.
Eu defendo obviamente a propriedade privada com utilização produtiva, o PCP, não?
A Coreia do Norte caminha para o comunismo! O PCP quer aliados destes.
O BE não tem governos aliados. Defende sim que estes sejam radicalmente democráticos. A luta internacional é com todos os explorados quer seja em Cuba, EUA ou na India.
Eu penso que o PCP é mais nacionalista e o BE mais internacionalista. Defendo a UE noutra dimensão social e económica.
Desculpe amigo mas lendo ou ouvindo ( Jerónimo na TVI) não estou tão certo assim. A animosidade e rivalidade BE/PCP só favorece a direita, mas o ódio é muito.
Neste momento imagino o que Albano Nunes, Domingos Abrantes ou Casanova pensarão de Carvalho da Silva na iniciativa de Alegristas com BE e independentes em Dezembro.
Há alguns dirigentes do PCP com abertura e compreensivos ( do novo mundo de hoje, não o de 1917): António Filipe, Honório Novo, Rui Sá ou Agostinho Lopes, e claro o camarada interlocutor.
Esta questão das ideologias de esquerda e diferenças entre elas são mais complexas do que pensamos.
É curioso que para a direita é tudo mais fácil: capital, lucro, individualismo, safam-se os melhores e tá feito.
Cumprimentos.
Saudações revolucionárias.
afirmaste mais ou menos isto:
" o BE é até mais internacionalista que o PCP, o PCP é mais nacionalista"
sempre a Coreia ..... mas vamos por partes!
o PCP não é aliado de Governos estrangeiros, nem tem contactos ou relações a esses níveis o PCP mantêm contactos e relações com partidos comunistas e forças de esquerda e progressistas, mesmo que não comunistas e outros movimentos anti-imperialistas e anti-imperialistas.
o PCP afirma a sua solidariedade e amizade aos povos em luta, e não a governos, é evidente, que temos por interlocutores neste dialogo os partidos e movimentos acima referidos e não outros.
neste sentido, quem são então as forças que o BE define no cenário internacional, como amigos, aliados ou outra coisa que lhe queiram chamar se não gostarem desta terminologia?
mas não deixa de ser estranha essa tua concepção de que o PCP devia deixar a luta institucional, poder local, assembleia da republica e tal.... que isso é colaboracionismo!! como se o mundo fosse a preto e branco, de que não vale a pena tentar interferir por dentro!? então a participação e reforço das forças de esquerda e progressistas nesta dimensão da luta institucional não é fundamental? então só á dois caminhos!?
aceitar o sistema tal como está, e ajustarmo-nos a ele sem expectativa de o transformar, ou se tivermos essa pretensão de o transformar, temos que abdicar da luta institucional, e correr por fora, clandestinos ou quase, berrar muito mas não aproveitar a oportunidade de interferir, dificultar os avanços das forças reacionárias, melhorar as condições de vida dos trabalhadores e da população em geral, mesmo que de pequenissimas conquistas se trate? afinal não é disso que se trata por exemplo quanto se tem a presidência de um município ? nessa linha de pensamento, então pode-se concluir que o BE está satisfeito com o actual sistema politico, que não vê necessidade de alterações profundas, e em ultima analise que o BE é um movimento colaboracionista da situação que se vive, porque o BE também tem eleitos locais e na Ass. da Republica e busca justamente o seu aumento e reforço!?
bom eu não estando de acordo com muita coisa no BE , não acho justo classificar dessa forma esta formação politica, a não ser que se assumam desta forma, mas creio que não é assim?
Até amanhã camarada
Anónimo a 27 de Novembro de 2008 às 15:39
Bom Congresso do PCP. Gostaria que Agostinho Lopes continuasse na Comissão Política.