o comité central não elege militantes em lista única
o congresso é que elege o comité central.
ao actual comité central só cabe apresentar uma proposta ao congresso de futura composição do órgão, proposta esta, que resulta do debate longo e intenso em todos os organismos de base, e nenhum nome resulta ou é proposto sem que a organização desses camaradas se pronuncie e dê parecer positivo. por isso reflete muito mais a vontade de todo o partido do que se fosse apenas decidida na hora apenas pelos delegados.
o mais democrático ?
sim! se tivermos por democrático um processo que envolve TODOS os militantes deste partido, se as teses em discussão em todo o partido desde o inicio do ano e que chegam agora ao congresso com mais de 500 propostas de alteração acolhidas. bom isto é muito mais do que os próprios delegados poderiam fazer durante os dias do congresso. em que cada militante por si possa propor e sugerir mesmo que não seja delegado, não é preciso "juntar um grupo" "criar uma corrente" para poder emitir opinião propor uma alteração, e a mesma ter tradução nas teses.
goste-se ou não desta forma de organização interna, uma coisa deve reconhecer:
nenhum outro partido desenvolve a preparação dos seus congressos com tantos meses de antecedência , e com a envolvência de tantos militantes.
mais de 1500 reuniões plenárias de discussão e eleição é obra!
quanto á politica de coligações é clara a posição!
não basta soma matemática de votações para aferir da utilidade das mesmas. é preciso discutir as opções politicas e que elas assumam com clareza uma ruptura politica. e o BE tem agora um bom exemplo para estudar e reflectir a sua politica de alianças! ou seja o Zé faz falta em Lisboa .sem uma base claramente definida de ruptura, em que muita coisa fica para depois ver, dá nisto! e o bloco vai pagar caro esta aliança/ruptura em Lisboa .
um abraço
Anónimo a 28 de Novembro de 2008 às 12:21
O Comité Central define, faz a Lista, os delegados ( alteram um ou outro nome) votam. Os delegados não podem apresentar listas alternativas.
essa é uma inverdade!!
a proposta resulta das discussões e indicações dos nomes que são levantados, considerados e discutidos nas respectivas direcções regionais, e que envolvem auscultações e discussões nas comissões concelhias e outros organismos, participando portanto, um numero muito maior de camaradas nesta discussão e indicação do apenas aqueles que são depois delegados ao congresso. quem melhor do que aqueles que directamente trabalham com estes camaradas para ter uma opinião mais concreta e fundamentada!? como dizias noutro post a proposito do sá fernandes estás a 350km de distancia, quem está lá tem certamente mais elementos para justificar a decisão tomada!, pois bem, aqui é o mesmo! por exemplo: quem melhor que os camaradas de braga e os seus organismos, sabe quem são os camaradas de braga com melhores condições para integrarem o comité central?
Anónimo a 28 de Novembro de 2008 às 14:25
Gostava apenas de saber onde posso ler as teses dos congressos - ok, não são congressos, chamem-lhe o que quiserem - do BE, as linhas do orientação política, um caderno de resolução política, qualquer coisinha...
O ideal, mesmo, era que fosse o BE a escoilher os delegados, o Comité Central e o SG do PCP, não era?
rms a 28 de Novembro de 2008 às 15:36
Mais, o comité central não escolhe delegados, os delegados são eleitos nas assembleias electivas que se realizaram em todas as organizações do PCP, e mais pode acontecer de a proposta do C.C. do PCP não ser aceite em congresso, caso os delegados assim entendam... Eu sei que os B.E, PSD, PS, CDS-PP e outros que tal não gostam muito deste tipo de democracia interna, mas é vida, no PCP o militante tem sempre uma voz mais que activa...
E mais quem quiser ler as teses ao congresso é facil, é ir a www.pcp.pt, não temos problemas em dizer o que pensamos...
E mais uma coisita, o JMFaria enganou-se numa coisa, o congresso começa sabado, vé para ver o quanto quer falar do PCP que nem a data do congresso reparou... É que um partido da classe operaria tem que aproveitar os feriados para que os seus militantes possam ir ao congresso....
CJ a 28 de Novembro de 2008 às 17:03
Na reunião do Comité Central do PCP de 22 e 23 de Novembro procedeu-se à avaliação do debate preparatório nas organizações do Partido das Teses/Projecto de Resolução Política, bem como à discussão e aprovação deste documento e da proposta de composição do futuro Comité Central.
As Teses/Projecto de Resolução Política, aprovadas por unanimidade, acolhem e incorporam mais de meio milhar de alterações, resultantes do debate preparatório, que precisam e enriquecem o texto posto à discussão no conjunto das organizações do Partido na sequência da reunião do Comité Central de 20 e 21 de Setembro.
Nesta reunião, o CC aprovou ainda, com dois votos contra e três abstenções, a proposta de composição do futuro Comité Central – culminando um largo processo de discussão e envolvimento individual e colectivo de organizações do Partido – a apresentar aos delegados ao XVIII Congresso.
in avante
A data está errada, esqueci-me do feriado dia 1. Os congressos do PCP, normalmente são à 6ª, sábado e domingo.
É claro que os delegados são eleitos em plenário ( 99%) de braço no ar.
O CC discute e aprova a lista, esta não saiu directamente do Congresso!
As Teses são aprovadas pelo CC, as 500 alterações são da responsabilidade do CC, o "velho" CC sempre com a última palavra, bem os delegados votam a lista. Imagine-se a maioria a votar contra só num conto de fadas.
No BE , 20 aderentes podem construir uma Tese, sem hierarquias ou chefes a decidir as linhas gerais da mesma.
Apresentam-se a votos (obrigatório secreto), as várias Teses e respectivos delegados ligados às Teses, ou candidatam-se individualmente, (aplica-se o método proporcional e são eleitos os delegados), todos os aderentes recebem em casa as várias teses, e propoê alterações se quiserem.
No Congresso os defensores das suas Teses defendem-nas, e votam-se as mesmas.
A Mesa Nacional, órgão máximo entre congressos/convenções e a Comissão de direitos são eleitos proporcionalmente às votações das várias listas ou uma .
Compare-se os modelos.
E no PCP qualquer militante pode questionar e propor alterações. Somos um partido que defendemos a liberdade de opiniao dos militantes. Até ao final do congresso tudo pode ser discutido. E tambem sei que custa a maioria dos anti comunistas aceitar a nossa forma de trabalhar.
CJ a 29 de Novembro de 2008 às 00:05
Caro CJ para si quem critica parte do programa ou estatutos ou regulamento do PCP, leva logo com o epíteto de anti-comunista .
Então os PCs são anti-bloquistas , anti-sociais/democratas, anti-centristas ou anti-socialistas, isto é anti-outros todos.
O Tempo aconselha a ver Goodby Lenine" e "Até amanhã Camaradas", sem ironias.
Bom Congresso, e digo-lhe mais, o PCP é um partido estimulante de apoio e critica por ser o maior PC da Europa e ter as características que tem.
Caro Faria
Penso que deveria tentar conhecer o regualmento do congresso.
O PCP tem cerca de 60000 militantes e, acredite, nenhum o é de maneira forçada, aceitando os estatutos e as regras internas de funcionamento.
Creio que o caro Faria foi militante comresponsabilidades, e saiu quando entendeu fazê-lo.
É curioso que ninguém se pronuncia acerca da democraticidade em diversas instituições associativas deste país, designadamente nos clubes de futebol, grandes sumidouros de fundos públicos.
Desta vez houve voto secreto, e não vejo que tenha havido grande alteração no resultado.
A não ser que as pessoas se sintam constrangidas, também, no voto secreto.
Caro joão,
Entre 2000 e 2004 foram centenas de militantes expulsos administrativamente, os funcionários não recebiam as quotas colocando-os de fora das convocatórias. Num domingo de 2004 ( início), o camarada responsável pelas finanças não queria o dinheiro das minhas quotas, minutos depois entreguei o cartão ao funcionário que controlava a Concelhia.
A unidade no PCP em 2008 está feita, o pensamento diverso não é admissível . Em 100 intervenções ninguém se "desviou". Na minha opinião o partido perde sem discussão aberta no Congresso, aliás todos sabemos que ainda há 4 ou 5 membros do CC "divergentes", mas não foram à tribuna.
É incrível como 1500 delegados apoiam totalmente as Teses, nem uma abstenção!
No Congresso de 2000, houve discussão ideológica, programática e estatutária. Até Vítor Dias defendia " a unidade na diversidade", agora recuou.
O PCP quer a pureza leninista e não a sua refundação. São opções. O próximo ano vai correr bem à CDU, o voto de protesto será elevado. No futuro irá se ver.
O PCP governa o País quando vencer as eleições, em 1983 teve 18%, agora 10%!
O PCP será sempre uma voz de protesto.