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Pelo contrário, as propostas até agora anunciadas para o imóvel pela candidatura adversária do Movimento Vizela Sempre (MVS), apontam para a criação de um “Centro Empresarial no Castelo da Ponte”. As muitas dúvidas que este projeto suscita, radicam na ligeireza (ou inexistência) de qualquer estudo efetuado. Deste modo: quantas start-ups, escritórios ou showrooms pretendem instalar numa área bruta de 7 458 m2? Quantos espaços de restauração para alugar? Sem pretender limitar a livre concorrência, não está Vizela bem servida na área da Restauração? O que pretendem fazer com a parcela sobrante? Qual o valor a despender na requalificação do imóvel? Ou, quais as fontes de financiamento?
Esta promessa eleitoral, agora apresentada pelo MVS, revela, também, uma tendência megalómana, fazendo-nos recordar a triste e conhecida história devotada ao edifício. Oxalá que todos nos venhamos a enganar, pois Vizela não pode repetir os erros do passado. Contudo, será útil relembrar, foi no seu ultimo mandato que o dr. Francisco Ferreira, hoje destacado apoiante do MVS, anunciou, com aparato e minúcia, a instalação duma Biblioteca e dum Auditório no Castelo da Ponte. Este ambicioso projeto, que implicava um elevado orçamento de milhões de euros, revelou-se num monumental embuste, tendo sido despudoradamente abandonado, ditado, refira-se, pelo já claro endividamento municipal de então. Foi este recuo a ditar o início do inexorável processo de degradação do secular edifício até aos nossos dias"
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