O Bloco de Esquerda de Vizela, em comunicado enviado às redações, vem “condenar a postura do atual vice-presidente da Câmara Municipal de Vizela, Joaquim Meireles”, acusando de querer “condicionar os trabalhos da última sessão da Assembleia de Freguesia de Santa Eulália”. Em causa está, segundo os bloquistas, “a tentativa de impedir que um cidadão denunciasse um problema que se arrasta desde os tempos em que Joaquim Meireles era presidente daquela Junta de Freguesia”. De acordo com o Bloco, “foi no período de intervenção do público que o cidadão Rui Cunha se dirigiu aquela Assembleia para pedir esclarecimentos sobre a colocação sem autorização de um poste de eletricidade por parte da EDP na sua propriedade”. Joaquim Meireles interveio e o Bloco de Esquerda diz que o fez para “tentar, de uma forma pouco democrática, condicionar a direção dos trabalhos”, uma tentativa que “não foi concretizada, pois a presidente da Assembleia de Freguesia, de uma forma irrepreensível, deixou o cidadão expor o caso e garantiu que teria resposta à situação em breve”, lê-se ainda. O cidadão garante que o poste de eletricidade foi colocado no seu terreno sem a sua autorização, a pedido do Executivo de então. Adiantam os bloquistas que “o caminho está registado como privado, não cabendo aos órgãos municipais, Junta de Freguesia e/ou Câmara, decidir sobre propriedade alheia”. O proprietário já terá solicitado a retirada do poste mas “a EDP argumenta que apenas poderá proceder à retirada após solicitação da Câmara Municipal, entidade que solicitou a sua colocação”, adianta ainda. O Bloco de Esquerda diz lamentar que Joaquim Meireles não queira resolver o problema por si criado e desafia a Câmara Municipal de Vizela a se pronunciar sobre esta situação, garantindo o reconhecimento daquele terreno como propriedade privada e assegurando que será solicitado à EDP, com urgência, a retirada do poste da propriedade daquele cidadão.
 
RVJ