"(...)Nos últimos dois meses tenho assistido, atónito, ao bullying político exercido pelo BE sobre Rui Tavares. Quase não há dirigente que não venha dar o seu carolo. Os mais serenos fazem críticas ao seu posicionamento sobre a Europa que é muitíssimo próximo das posições do Bloco. Os menos honestos inventam posições que não são as suas (para esclarecimentos, recomendo este texto do Rui Tavares ). E Francisco Louçã dedica-se a um assassinato de carácter. Parece ter passado a ser condição de boa militância no BE participar no tiro ao Rui Tavares. Tanto empenho contra um dirigente de um partido que ainda nem existe e que não me parece que esteja a provocar uma onda de entusiasmo é dos maiores absurdos políticos a que já assisti. Nem sequer me parece que o Livre seja um grande risco para o Bloco. Mais facilmente o Bloco será um risco para si mesmo. Com todas as diferenças que existam, o Rui Tavares não é adversário político do Bloco. Nem do PCP. Nem de quem esteja na ala mais à esquerda do PS. É um aliado, como compreenderá qualquer pessoa que não esteja tomada pelo sectarismo. Todos os partidos têm alguma necessidade alimentar o ódio ao dissidente para manter unida a "tribo". Mas seria interessante o BE perceber que é hoje o mais empenhado promotor da notoriedade do Livre. Até nisso, repete com Rui Tavares o erro que o PCP cometeu com o Bloco, há 15 anos. O que não deixa de ser irónico.(...)"
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