
"De repente Passos Coelho é o pacificador moderado da Europa. Nem se percebe como não está já a caminho do Médio Oriente para resolver o eterno conflito israelo-palestininano e não o candidatam a Nobel da Paz. Mas transformar a adaptação da posição portuguesa aos resultados negociais impostos pela Alemanha, com contributos especificos, num papel central no desbloqueio desta "negociação" está para lá do provincianismo habitual de quem, não querendo contar quando as lutas são dificeis, se põe em bicos de pés na hora de distribuir os louros. Basta ter acompanhado as sucessivas negociações pela imprensa internacional para saber que o papel do governo português nos ultimos meses foi, por razões internas, o de um aliado ativo das posições mais irredutíveis da Europa. Não há como reescrever isto à boleia do autoelogio de Passos."
Daniel Oliveira
publicado por José Manuel Faria às 09:00